Parintinenses se rebelam contra maus tratos a trabalhadores

Parintinenses se rebelam contra  maus tratos a trabalhadores Notícia do dia 16/04/2013 A prática de humilhar funcionários publicamente continua em alta para alguns lojistas de Parintins mesmo na segunda década do século 21. Mostrar autoritarismo na frente de clientes além de expor falta de educação, constrange os que frequentam estes estabelecimentos. Durante a semana, por meio das redes sociais vários parintinenses relataram já terem presenciado maus tratos a funcionários de comércios locais. 

 O servidor da Sepror Zezinho Faria afirmou ser “lamentável submeter um trabalhador a esse tipo de constrangimento. Lembro-me do então Governador Gilberto Mestrinho, quando precisava chamar a atenção de Secretário ou de qualquer servidor, ele se sentava e conversava em voz baixa. Não se tem registro dele gritando ou humilhando quem quer que fosse”, disse.

 Gisele Rocha escreveu no facebook que ninguém merece passar por essa situação constrangedora no ambiente de trabalho. Além ser prejudicial para a imagem da empresa entre os clientes, o empregador que se utiliza da prática pode responder judicialmente e pagar severas indenizações por assédio moral.  O assédio moral tem estreita ligação com o conceito de humilhação, que, segundo o dicionário Aurélio, significa rebaixamento moral, vexame, afronta, ultraje.
 
Direito a indenização
O diretor da Vara do Trabalho de Parintins, Felipe Schwarz, confirmou que pelo menos 10 processos envolvendo denúncias de assédio moral deram ganho de causa a trabalhadores demitidos. “Todos atuavam na iniciativa privada, em sua maioria comércios. Se alguém demitir um funcionário sob acusação de furto ou coisa parecida, tem que ter provas robustas da infração do ex-funcionário. Do contrário, poderá ser processado e condenado por assédio moral”, explicou o diretor Felipe Schwarz.
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