O desabafo do secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, relacionado ao alto índice de violência na Região Metropolitana da “Cidade Maravilhosa”, com mais de 10 vítimas de bala perdida resultante troca de tiros nas favelas, chamou atenção. Ele foi enfático e categórico em declarar que a segurança pública não é só competência das polícias Civil e Militar, mas começa pelas políticas adotadas no Palácio do Planalto.
Só prender?
Beltrame alertou que a segurança pública deve ser encarada no Brasil com mais seriedade, com políticas eficazes para atuar de forma primária, secundária e terciária. O combate ao crime no Rio de Janeiro resultou em milhares de prisões nos últimos meses.
Alerta
O secretário enfatizou que o Rio de Janeiro possui uma “nação” de criminosos atualmente. Segundo ele, do dia 7 de novembro até o dia 25 de janeiro deste ano, a PM prendeu 4.410 pessoas, apreendeu 65 fuzis, 578 pistolas, 539 revólveres e 54 granadas.
No Amazonas
Desde a implantação do Programa Ronda no Bairro, com projeto piloto em Manaus e depois expansão para municípios do interior do Estado, os criminosos estão amontoados em todo o sistema carcerário. A realidade do Amazonas não é diferente do restante do Brasil.
Propostas
O próprio governador José Melo, durante a campanha eleitoral, pouco se importou em colocar propostas para atacar a raiz do problema da segurança. Um ano antes, na inauguração do Liceu de Artes em Parintins, o então governador Omar Aziz declarou que não investiria um centavo em melhorias no sistema prisional porque tinha como prioridade Educação e Saúde. “Se o cara não quer ser preso, que não pratique crime”.