Liberação do porto depende de laudo técnico

Liberação do porto depende de laudo técnico Notícia do dia 07/04/2013 A previsão dos agentes da Administração das Hidrovias da Amazônia Ocidental (Ahimoc) para a normalização das operações de embarque e desembarque de cargas e passageiros pelo flutuante do Porto de Parintins é para esta semana. De acordo com a supervisora de operações da empresa responsável pelo porto, Gildeth Prado, após a conclusão dos serviços de reparos na estrutura metálica do cais, um novo laudo técnico será emitido por engenheiros e Capitania dos Portos de Parintins para colocar o terminal hidroviário em funcionamento de forma normal.

A balsa de carga e descarga do Porto Flutuante de Parintins foi parcialmente interditada na manhã da última segunda-feira, 01, por intervenção da Defesa Civil do Estado e Agência Fluvial da Capitania dos Portos. De acordo com as análises técnicas preliminares a estrutura metálica da ponte do cais apresenta avarias com a abertura na solda que une algumas peças de ferro. O problema oferecia risco de desabamento da estrutura metálica a qualquer momento.

Para o coordenador da Defesa Civil de Parintins, Suammy Patrocínio, com a interdição do cais do porto a operação de embarque e desembarque, tanto de cargas e passageiros, fica comprometida. Ele explica que um dos fatores que pode ter provocado a rachadura na estrutura do porto foi o acúmulo de lixo aquático, que todos os dias se concentra em grande quantidade nas treliças inferiores da ponte metálica. “Foi uma decisão após a análise técnica dos engenheiros que constataram abertura na solda, porém será uma interdição parcial e os barcos poderão ancorar no muro de arrimo do porto com toda a segurança”, afirmou Suammy Patrocínio.

Cofres Públicos
O porto de Parintins foi inaugurado em 2006, pelo então ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento. A obra já custou aos cofres públicos mais de R$ 25 milhões. Porém, o segundo maior terminal hidroviário do Amazonas, segundo a Sociedade de Navegação Portos e Hidrovias (SNPH), não consegue funcionar na sua totalidade. Atualmente a atracação de navios transatlânticos no cais flutuante ainda é proibida.

O porto que foi alagado pela enchente do rio Amazonas, por duas vezes, teve que ser interditado entre outubro de 2010 a meados do mês de junho de 2011 para que o Exercício Brasileiro realizasse nova reforma na obra. A ponte de acesso também foi condenada na época.

De acordo com a supervisora de operações da Ahimoc - Administrações das Hidrovias da Amazônia Ocidental, Gildeth Prado o problema só será resolvido em abril do próximo ano, com a vinda de uma ponte que possui as treliças invertidas. O assunto tramita no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).


Sobre o assunto
O desabamento de uma mineradora na região portuária de Santana, a cerca de 20 km de Macapá, a capital do Amapá deixou seis pessoas desaparecidas. O fato aconteceu na quinta-feira (28) de março. Equipes do Corpo de Bombeiros seguem com as buscas. O desmoronamento fez com que caminhões, guindastes e parte da área administrativa da mineradora, que estavam em uma estrutura flutuante, caíssem no Rio Amazonas.

À TV Amapá, o assessor de imprensa local da mineradora Anglo American Brasil afirmou que o desabamento foi provocado por um fenômeno da natureza. Ele afirmou que "uma onda grande varreu toda a orla" e que "houve um desmoronamento de terra em que foram tragados equipamentos, caminhões e pessoas".

Testemunhas disseram, porém, que foi o desabamento da estrutura do porto, que exporta minério para diversos países, que provocou a onda. Diversos barcos, que estavam ancorados no porto, acabaram afundando. "Foi tudo muito rápido, não levou mais de cinco minutos", disse o vigia Denilson Silva.

Duas semanas após a então ministra-chefe da Casa Civil e pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, inaugurar o porto flutuante do município de Humaitá (AM) - a 600 quilômetros a sudoeste de Manaus - a estrutura da obra desabou. O fato aconteceu no dia 8 de abril de 2010. Ninguém ficou ferido.

Segundo informações de moradores da cidade, o porto não suportou a força da correnteza do Rio Madeira, e quase 70% de sua estrutura de ferro cederam.

Testemunhas afirmaram que a correnteza do rio forçou parte da estrutura do porto, que se soltou das bases construídas no barranco. O presidente da Associação de Agricultores de Humaitá, Valdir Gomes, explicou que um cabo de aço que fixa uma das plataformas flutuantes do porto se soltou e fez com que parte da rampa se elevasse. No sábado, a sustentação da rampa flutuante não resistiu à força da correnteza.
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