Panes e falta de cuidado com bagagens estão entre as reclamações feitas inclusive nas redes sociais. Maria do Carmo, parintinense radicada em Manaus esteve em Parintins durante o carnaval. Ela postou no facebook que todas suas roupas chegaram ensopadas em Manaus. “Nós pagamos as nossas passagens, não vamos de graça e nem de favor. Peço mais cuidado e respeito com os passageiros”, reclamou.
Outro caso relatado na internet foi a pane de uma lancha cujo destino era Manaus. Segundo a consumidora que viajou com a filha e a neta, antes de chegar a metade do caminho a embarcação parou. Os passageiros foram levados até Itacoatiara para seguir viagem de ônibus. “Não nos foi dado almoço, e um ônibus velho foi alugado para nos levar até Manaus. Como ainda tinha muita gente em Parintins querendo ir para Manaus, desconfio que a pane era só uma desculpa para nos deixar em Itacoatiara para poder pegar mais passageiros”, denunciou.
Parintins tem pelo menos cinco lanchas rápidas que atuam no transporte de passageiros até Manaus. Segundo o capitão tenente da Capitania dos Portos de Parintins, Manoel Ribeiro Neto, os consumidores que se sentirem prejudicados podem denunciar a embarcação à Capitania para possíveis punições. “Quando isso ocorre, a Marinha do Brasil penaliza o proprietário com notificação. Se a defesa não for fundamentada em algo que possa justificar a pane, a Marinha aplica uma multa”, explicou.
Ele garante que se confirmadas às alegações dos passageiros prejudicados, as punições podem ser muito mais severas. “A Marinha pode tirar essa embarcação de tráfego por não estar cumprindo com sua finalidade que é o transporte de passageiros, de acordo com as normas”, informou o comandante da Capitania dos Portos, capitão tenente, Manoel Ribeiro Neto.
Indenização
De acordo com o atendente do Procon de Parintins, Daniel Adelino Filho, o consumidor que se achar prejudicado com um mal serviço de qualquer meio de transporte pago pode acionar o órgão, e até pleitear indenização junto ao Juizado de Pequenas Causas.
Ele orienta que o usuário do serviço se aproprie de provas. “É importante guardar toda a documentação, desde o bilhete de passagem, as fotos dos danos materiais sofridos. O que é certo é que o serviço tem que ser prestado de forma integral e com qualidade”, destacou o servidor do Procon.
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