Parintins
hoje é só irreverência. Os homens literalmente já estão afiando as garras e
assaltando os guarda-roupas. Cuidado mulheres, eles não poupam as gavetas,
abusam do lingerie, do bundex, dos sutiãs com enchimento, corpetes, bijuterias,
saltos, batons e muita, muita maquiagem. O resultado é uma festa com um cheiro
instigante de quem acaba liberando desejos e permitindo o proibido. Aqui, na
Ilha do Folclore, "o bicho costuma pegar".
A nós, cabe aplaudir e gargalhar, talvez fazer companhia. Afinal, os heteros
que se transformam fazem questão de destacar elementos másculos que não deixam
dúvidas sobre a sua identidade sexual: a barba, o peito cabeludo, ou a perna
sem depilar. Uma coisa! Fazem questão de lembrar que toda a fantasia se desfaz
na quarta-feira.
Outros, nem tanto. Se esbaldam com a permissão para potencializar seus desejos
transformistas. Aí podemos invejar saltos para todos os gostos, vestidos,
brilho, glamour e as mais loucas perucas. Não vão faltar piadinhas sedutoras
para os “bofes” descamisados.
De uma coisa tenho certeza....oparintinense fantasiado é a própria atração da
festa.
Na foto a minha homenagem é para um parintinense “porreta” que viveu entre a irreverência e a competência: “Aldrin, meu brother, Parintins tem saudade da sua alegria". Bom carnaval a todos.
Texto: Peta Cid