Adolescentes reincidem no crime

Notícia do dia 21/10/2013 As sucessivas ondas de assaltos nas ruas de Parintins estão atribuídas diretamente a adolescentes de 15 a 18 anos incompletos reincidentes na criminalidade. A 3ª Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher, Idosos, Crianças e Adolescentes aponta diminuição dos índices. A delegada Ana Denise Machado avalia que os menores infratores praticam os assaltos para alimentar vícios de drogas e bebidas alcoólicas. Celulares são os principais alvos na lista dos assaltantes.

Na tarde de quinta-feira, 17, dois adolescentes foram apreendidos na Delegacia de Polícia de Civil. Ana Denise Machado disse que a apresentação dos dois não foi em flagrante, devido ao crime ter sido no dia 7 de outubro. Um dos menores prestou depoimento na delegacia na manhã de sexta-feira, 18. ?Também é questão de se alto afirmar que é o cara?, analisa.

As más influências são indicadas como agravantes. A delegada informou que o menor ouvido na manhã de sexta praticou assalto, pela primeira vez, por influência de outras pessoas. Ele estava em uma motocicleta, acompanhado de outro menor, considerado de alta periculosidade. Para Ana Denise, outro fator que contribui para atos infracionais é a conivência dos pais. ?Os pais não acreditam que os filhos fizeram crime algum?, revela.

Teve caso de crime continuado pelas ruas da cidade onde o adolescente praticou assaltos um atrás do outro, acompanhado de outro menor. De motocicleta, abordaram pelo menos três vítimas com arma branca. A delegada afirma que quando houve a apreensão, em depoimento, um deles confessou os crimes. Porém, a mãe dizia que o filho não fez nada, porque trabalhava na hora do fato. O menor assumia, mas a mãe desmentia.

Casos
Na maioria das abordagens, os menores infratores utilizam armas brancas para ameaçar as vítimas a entregarem os pertences. Preocupa a população que em uma das ações criminosas um adolescente pode ferir gravemente uma pessoa e resultar até em uma tragédia. De acordo com Ana Denise, existe caso de menores de famílias desestruturadas envolvidos com tráfico de drogas.

Um menor de 17 anos, envolvido com tráfico diz não ter medo de nada e já efetuou dois disparos com arma de fogo contra uma pessoa. ?A família toda é traficante. A mãe e o pai estão presos?, destaca. A 3ª Delegacia Especializada trabalha na conclusão do balanço das ocorrências 2012/2013 para a elaboração de banco de dados para saber quem são os reincidentes.

Os trabalhos da Especializada consistem em fazer peça informativa dos casos para encaminhar ao Ministério Público. O menor tem atendimento diferenciado. O MP ouve o menor e verifica a possibilidade de solicitar ou não da internação em uma unidade de ressocialização. Ana Denise lembra que no levantamento feito em 2010, por exemplo, a estatística mostra índice de pouco mais de 400 menores apresentados na delegacia.  
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