Ele se encontrava suspenso ao lado da cama e outra irmã logo viu a cena. Elas tentaram prestar socorro, mas ficaram bastante abaladas, sem condições emocionais. A mãe da vítima, a doméstica Assunção Cardoso, acordou com um grito da filha. Um vizinho e dois primos retiraram o corpo da posição e colocaram na cama para aguardar remoção.
Mais de meia hora depois, uma equipe da 3ª Companhia Independente de Bombeiro Militar conduziu o corpo da vítima até a Sala de Medicina Legal, anexa a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), para exame necroscópico. Acompanhado pelo auxiliar Benedito Pimentel e técnico Afrânio de Jesus, o médico legista Jorge de Paula avaliou as causas da morte.
Por meio de informações de pessoas próximas e familiares, o especialista tomou conhecimento de que Railson Serrão teria tido uma crise depressiva. ?Todo jovem não tem uma experiência de vida para poder sobrepujar problemas pessoais, materiais e psicológicos. Para o ato de contornar os problemas, só o tempo, senhor da razão, oferece equilíbrio emocional?, avalia.
De acordo com Jorge de Paula, três segundos é o lapso de tempo para que aconteça um disparo de arma de fogo, facada, suicídio e etc. ?É de se lamentar esse caso com uma pessoa tão jovem, de 21 anos?, afirma. A principal causa da morte verificada durante a necropsia foi asfixia por enforcamento. Havia lesões somente na região serviçal.
A pressão no pescoço bloqueou a passagem de oxigênio e causou anóxia cerebral. Nesses casos, a pessoa morre em tempo mínimo, no máximo um minuto. Familiares acreditam que ele tenha feito o suicídio no início da madrugada, pela rigidez do corpo. O corpo chegou às 11h e a mãe permaneceu por alguns minutos em cima do caixão do filho, muito emocionada.
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