O caso de uma jovem de 17 anos que morreu em Parintins, após consumir tucumãs supostamente amadurecidos artificialmente com carbureto, continua sob apuração. Para a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o uso do composto químico não teria matado a jovem.
Para saber se o composto químico realmente intoxicou as frutas da cidade e causou a morte da adolescente, a Secretaria de Saúde de Parintins (Semsa), enviou amostras de tucumã para serem analisadas por um laboratório em Manaus. No entanto, um agrônomo da Embrapa descarta a possibilidade de o uso do carbureto ter intoxicado o fruto.
Para ele, o mais provável é que a falta de higiene no processamento e armazenamento da fruta seja a causa da intoxicação. "A polpa do tucumã é muito rica em gorduras e é uma fonte `fantástica` para a proliferação de fungos e bactérias. Pelas características, tudo leva a crer que foi uma contaminação biológica, e não pelo carbureto", disse o pesquisador Jeferson Macêdo.
Segundo a Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), todos os tucumãs comercializados em Parintins foram recolhidos. Quatro amostras vieram para Manaus e serão submetidas a uma análise laboratorial. A orientação é de que a fruta não seja vendida nem consumida na região.
Ainda de acordo com o diretor presidente da FVS do Amazonas as causas da morte ainda estão sendo investigadas. Na noite desta quarta-feira (28) uma equipe será enviada ao município. "Esse é um momento de muita cautela. Nós temos que fazer um trabalho mais apurado no sentido de investigar melhor essa situação. Assim como foi com o tucumã, poderia ser com qualquer outra fruta ou produto, contaminado com um agrotóxico ou uma bactéria", disse Bernardino Albuquerque.
G1Amazonas