Apontado por duas testemunhas como suspeito do assassinato de Homero Ferreira de Souza, 49, o desocupado Marcley Gama da Silva, 19, se apresentou por volta das 15h30min desta terça-feira, 20, na 3ª Delegacia Interativa de Polícia Civil, acompanhado do advogado Paulo Guerra. Marcley da Silva manteve silêncio durante as indagações do delegado Ivo Cunha, titular da 3ª Delegacia Interativa.
Ao saberem da notícia sobre o filho ser o suspeito de cometer o crime, os pais do acusado procuraram Paulo Guerra na manhã de segunda-feira, 19. Ele era procurado pela polícia, depois do início das investigações e depoimentos de duas testemunhas. O advogado ainda não conversou diretamente com o acusado, mas vai tomar conhecimento de causa do processo para decidir se atua ou não na defesa do acusado.
O advogado afirmou que no depoimento Marcley da Silva se reservou a ficar calado justamente para ter maior ciência sobre o caso. ?Não vou instruir ele falar mentira ou verdade por conta do direito de ficar calado até para que eu tome maior conhecimento do que está acontecendo para depois conversar sobre essa acusação. Não conversei nada com ele. Só falei com os pais dele a respeito de apresentá-lo?, comentou.
Segundo Guerra, os pais relataram que Marcley da Silva estava fora de casa desde quinta-feira e só retornou segunda-feira à noite. ?A família conta que domingo foi quando a polícia começou a procura por ele. Ele não ficou em casa?, enfatizou. Paulo Guerra diz que nesse caso, pela gravidade do crime, é difícil saber se haverá benefício da lei porque a sociedade cobra a justiça imediata.
A princípio, pela atitude de se apresentar, o acusado demonstra está disposto a colaborar. ?A responsabilidade é minha de ele ter falado ou assumido culpa. Até mesmo para conhecer um pouco do processo. Qualquer advogado sabe que uma prisão só está exatamente bem sucedida quando é considerado culpado e não cabe mais recurso. Então, é ai que vem a possibilidade de ele responder em liberdade?, explica o advogado.
Gerlean Brasil