Tucumã com carbureto mata estudante do Colégio Batista

Notícia do dia 26/08/2013 A estudante do 3º ano do Ensino Médio do Colégio Batista de Parintins, Karina Fonseca da Silva, 17, morreu intoxicada no início da tarde desta segunda-feira, 26, após consumir tucumã amadurecido com carbureto, mineral usado para iluminar pescarias tradicionais na região. Ela comeu o produto contaminado quinta-feira, 22, além de outros membros da família.

?Quem comeu tucumã, passou mal?, declarou a tia da vítima, Rosaneide de Souza Ribeiro, 44, na porta do necrotério do Hospital Padre Colombo. De acordo com ela, as outras pessoas da família tomaram remédio e conseguiram recuperação. A mãe de Karina da Silva teria comprado o produto na Feira Zezito Assayag, na Avenida Paraíba, no Itaúna II.

?Ela comeu à tarde e à noite começou a passar mal. Primeiramente, deu entrada na emergência do Hospital Padre Colombo e depois de medicada retornou para casa. Como não estancou o vômito, ela foi levada para o Hospital Jofre Cohen onde permaneceu internada até à tarde de domingo. Ela iria para Manaus às 14h de hoje, mas faleceu às 13h?, contou a tia.

Rosaneide Ribeiro afirma que a família decidiu retirar Karina da Silva do Hospital Jofre Cohen pela falta de acompanhamento médico adequado. Na manhã de hoje, segunda-feira, 26, com a piora, a estudante voltou às 8h ao Hospital Padre Colombo. O médico plantonista Romualdo Corrêa informou que ela deu entrada com estado bastante debilitado, devido à perda de liquido provocada por vômito e diarreia.

O médico plantonista Oziel Souza conversou com o Dr. Romualdo Corrêa e obteve informações sobre o caso. ?O estado dela era crítico. Ela teve parada cardíaca e morreu no centro cirúrgico. Infelizmente ela não conseguiu suportar o grau de avanço da intoxicação. A causa principal pode ter sido ingestão exógena por carbureto?, explicou.

Segundo o especialista, a intoxicação exógena pela ingestão de carbureto ocorre quando, em contato com a água, o mineral se transforma no gás acetileno, substância totalmente lesável. Dentro da corrente sanguínea, o acetileno causa um distúrbio eletrolítico. ?Foram diversas combinações que levaram a paciente a óbito?, concluiu o médico plantonista.

O corpo não precisou ser encaminhado para exame necroscópico na Sala de Medicina Legal. O médico legista Jorge de Paula Gonçalves assinou a declaração de óbito no Hospital Padre Colombo. O velório da estudante vai ser no bairro Dejard Vieira, na Avenida Maçaranduba, em frente ao Centro de Estudos Superiores de Parintins (Cesp), da Universidade do Estado do Amazonas (UEA).

Por Gerlean Brasil
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