Uma das entidades envolvidas no movimento que reivindica parte dos recursos do Festival Folclórico de Parintins por conta do uso da imagem e exploração da cultura indígena pelos bois Garantido e Caprichoso, a Federação das Organizações e Lideranças Tradicionais dos Povos Indígenas do Baixo Amazonas (Akang), não é legitima representante dos indígenas do Baixo Amazonas. Em documento oficial definitivo com 27 assinaturas, lideranças do Povo Sateré-Mawé e Hexkaryana desconhecem a criação Akang.
Derli Bastos Batista, presidente do Conselho Geral da Tribo Sateré-Mawé (CGTSM), diz que não houve legitimidade na criação da Akang pela não convocação das organizações e lideranças tradicionais. Francisco Assis Alencar, Capitão Geral da Região do Marau e coordenador da Organização das Lideranças Indígenas dos Rios Marau, Miriti, Manjuru e Urupadi (Tumupe), desconhece a criação da Akang.
De acordo com Antônio Tibúcio Neto, tuxaua geral do Rio Marau, a Akang foi criada sem a participação das lideranças.Andreza Miquiles, vice-presidente da Associação das Mulheres Indígenas Sateré-Mawé (AMISM) diz que a Akang não tem o apoio das organizações indígenas de base. No documento, o presidente do Conselho Geral do Povo Hexkaryana (CGPH), Miguel Mayawakna, pontua que ?tanto ele como o povo hexkaryana desconhecem a Akang. A mesma não tem autonomia para usar os nomes dos indígenas Hexkaryanas?. É apresentado ainda a invalidez e o cancelamento do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) da Akang.
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