?Atolado? em dívidas, mas de olho no Festival 2014

Notícia do dia 11/11/2013 Os bumbás de Parintins encaram o desafio de superar as adversidades. Em meio a dívidas, desmandos e mudanças na composição do quadro de itens.
O Boi Garantido, por exemplo, ignora as intempéries e prevê duas festas até o final deste ano, enquanto se empenha para tentar negociar dívidas com a Receita Federal, deixadas por gestões anteriores. Por outro lado, o Boi Caprichoso, após esfriar o clima da eleição e festa do centenário, a nova diretoria promove um choque de gestão ao instaurar auditoria interna para revelar pendências administrativas herdadas das diretorias passadas.

No Garantido, a situação ficou no vermelho quando a diretoria, comandada por Telo Pinto, teve conhecimento das dívidas com a Receita Federal, do período de 2002 a 2003, um montante de R$ 16 milhões, apesar de a Justiça ter ?sequestrado? dos cofres do boi de arena mais de R$ 4 milhões para pagar débitos desde o primeiro mandato. Os problemas não param por ai, e outra ameaça é o fantasma do leilão de imóvel.

Pelo andamento nos bastidores do Caprichoso, a diretoria começa a colocar o boi no trilho neste início de pré-temporada com o anúncio de nomes consagrados para reforçar o time de itens em busca do campeonato em 2014. Paralelo a isso, os presidentes Joilto Azêdo e Rossy Amoedo dão exemplos de gestão transparente com o foco no resgate da credibilidade bovina com credores para firmar novas parcerias.

Segundo fontes oficiais, a dívida na praça ultrapassa a casa dos R$ 2 milhões, embora o resultado da auditoria só seja revelado aos segmentos da associação folclórica durante assembleia no dia 14, a partir das 19h, na Escola de Artes ?Irmão Miguel de Pascalle?. Pela escassez de recursos financeiros, a diretoria do Caprichoso não descarta a possibilidade de penhorar patrimônio para quitar dívidas das gestões anteriores.  

Imbróglio
Os bumbás administram os débitos, mas não deixam de se preparar para o festival, com escolha de toadas e definição de temas. Na efervescência da eleição em agosto deste ano, a ex-diretoria do Caprichoso, liderada pela empresária Márcia Baranda, apresentou despesas e receitas do boi no exercício 2013, com valores acima de R$ 8 milhões. Entretanto, no final de 2012, os bumbás perderam uma fatia de aproximadamente R$ 2 milhões. Tudo devido a ?Rede Bandeirantes? não ter mais interesse para transmitir o festival. Escapou pelo ?ralo? dos cofres de cada boi R$ 1 milhão.

Sem contar, a saída da empresa da Suécia, Volvo, com patrocínio estimado em mais de R$ 300 mil. Márcia Baranda, poucos meses depois de prorrogar mandato em assembleia, assinou contrato com o Amazon Sat para transmissão do Caprichoso, com ausência de aporte financeiro.

O ato de assinatura do contrato se deu em encontro reservado com o diretor de negociações especiais da Rede Globo, André Dias. O presidente do Garantido, Telo Pinto, não seguiu o raciocínio de Baranda que almejava o Caprichoso nas telinhas da Globo e assinou com a Rede Calderaro de Comunicação pelo valor de R$ 600 mil. Nesse jogo, o Garantido se deu melhor e teve visibilidade internacional pela TV A Crítica e Record News.  

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