A Coordenadoria de Terras elabora projeto para construção da praça de alimentação nesse espaço definido. A segunda fase é a padronização dos quiosques, para melhor qualidade no atendimento, para deslocar até a área delimitada. Nesse espaço serão incluídas barracas, cadeiras e bancos padronizados, além de um anfiteatro com parque de diversão infantil. Anteriormente, os moradores da Praça dos Bois se queixavam de inúmeros problemas causados a partir da chegada de lanches, bancas de churrasquinho e vendedores ambulantes de bebidas alcoólicas em triciclos. A principal reclamação é relacionada ao grande acúmulo de lixo que provoca mau cheiro e atrai vetores de doenças como ratos e baratas, além do local servir para o uso indiscriminado de drogas. Os transtornos também atingem quem frequenta a Praça dos Bois em momento de lazer.
?É uma reivindicação antiga e agora vamos iniciar a retirada dos lanches. Os que estão em funcionamento vão para uma área provisória até que se conclua o projeto da praça de alimentação. Todos irão obedecer a um padrão e será estabelecido período para os proprietários fazerem adequações. Nesse período é necessário que haja compreensão por parte de todos. A administração não quer de forma nenhuma prejudicar o trabalhador, mas todos estão sujeitos a regras?, afirma Ary Marques, secretário de Terras, Cadastro e Arrecadação. De acordo com secretário, já que um grupo de pessoas ocupa o logradouro público para exercer atividade comercial é necessário consciência sobre a necessidade de adequação. Ary Marques diz que a população quer de volta a tranquilidade do ambiente familiar proporcionado na Praça dos Bois. ?Na realidade, o que aconteceu na praça fugiu totalmente ao controle. O verdadeiro objetivo da praça é lazer e entretenimento.
Com caixas de isopor e música alta, os usuários tiraram o direito de as pessoas brincarem e passearem com crianças e famílias?, destaca. Segundo o secretário de Terras, ele próprio presenciou pessoalmente uma dessas situações constrangedoras, como pessoas urinando no muro das residências em consequência da existência de vendedores de cerveja que ocuparam a praça de forma desordenada. Outro ponto constatado é a ocupação das calçadas por bancas de churrasco. ?Não se consegue caminhar nas calçadas, devido muitas vezes a intensa fumaça?, relata Ary. A Coordenadoria de Terras tem conhecimento da deficiência de informação aos trabalhadores referente à forma de como trabalhar no local e não prejudicar as pessoas.
A comercialização de bebidas em triciclos no lado azul da Praça dos Bois só poderia ser feita nos finais de semana ou quando houvesse grandes eventos, mas não tem sido cumprida. Recentemente, várias denúncias de poluição sonora e até tráfico de drogas chegaram à Coordenadoria de Terras, Cadastro e Arrecadação.
Expectativa
O presidente assegura que o comércio na praça sofre o impacto e alguns lanches estão fechados por falta de circulação financeira para o proprietário abrir durante a semana e padecer sono. Conforme Vander Picanço, muitos preferem abrir só sábado e domingo, enquanto outros estão fechados por questões de enfermidade. ?Tem uma senhora que não abre o lanche há três semanas, porque o filho adoeceu e não tem quem trabalhe.
Nós estamos com medo da retirada dos lanches sem uma análise prévia da situação?, esclarece. O presidente da Apvlanche informa que mais de 60 famílias dependem da atividade do comércio informal na Praça dos Bois, com base no número de associados. A contabilidade não inclui quem não está associado, mas sobrevive da venda de bombons, churrasquinho de espeto, sorvete, entre outros.
?Não queremos criar conflito, nem com o Poder Municipal, muito menos com o chefe do Setor de Terras. O que nós queremos é que preparem esse projeto para a gente se readequar. Por isso, estamos empenhados nessa luta em prol da organização. O primeiro objetivo da formação da associação foi organizar a categoria?, expõe Vander Picanço. Com a criação da Apvlanche criada em 2009 para organização da categoria na Praça dos Bois, a categoria sugeriu firmar parcerias com a Vigilância Sanitária e Gerência de Endemias para ter todos os respaldos técnicos como preconiza a legislação.
Gerlean Brasil
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