Ela assegurou que a ação de quadrilhas responsáveis por esta
prática delituosa passaria a ser combatida logo após a entrega do prédio do
Porto de Parintins, ocorrida em 2011. No local seria implantado um núcleo de
combate ao tráfico de pessoas. O órgão chegou a ser anunciado pela Secretária
de Estado de Justiça e Direitos Humanos (SEJUS), como o segundo a ser
implantado no Estado.
A primeira unidade está instalada no porto da Ceasa em Manaus.Um dos casos de ampla repercussão aconteceu em 2006, ocasião em que a estudante Katlen Rodrigues, na época com 07 anos de idade, desapareceu da frente da escola onde estudava no bairro de Santa Rita. Inúmeras ações de procura e investigações foram colocadas em prática para desvendar o mistério que dura até os dias atuais.
O caso mais intrigante acorreu no dia 23 de abril de 2011,
com o misterioso desaparecimento do dançarino Fredson Coelho, 20, que sumiu sem
deixar rastros. Segundo relatos da família, Fredson estava indo para sua casa,
localizada na Rua Uiacurapá no bairro São Francisco, quando foi visto pela
última vez.Recente o caso do travesti Bruno Amaral do Carmo, 27, também
repercutiu na cidade.
Ele foi vítima da rede de tráfico humano, em São Paulo, onde passou quatro meses. Bruna Valadares como é conhecida, foi convidada pela travesti identificada como Eva Tompson, com a promessa de receber implantes de silicone. Em São Paulo, Bruno foi feito de escravo sexual com outros travestis.?Passava o dia aprisionado em uma casa, liberado somente à noite para fazer programas. Era espancado e fui ameaçado de morte, até conseguir fugir?, diz Bruno.
Causas
Na maior parte dos casos, as vítimas do tráfico humano são
mulheres e crianças, levadas para outros países onde passam a ser exploradas
sexualmente e socialmente chegando ao ponto de terem seus corpos mutilados para
a retirada de órgãos que são comercializados no mercado negro da medicina. De acordo com relatos de quem acompanha os
casos dos desaparecidos, até hoje ninguém sabe precisar onde estão Katlen e
Fredson.
Não é certeza se ambos foram mortos ou raptados.O tráfico de pessoas, é uma das práticas ilegais que mais se expandiu, pois na busca por melhores condições de vida, muitas pessoas são enganadas por criminosos que oferecem empregos com alta remuneração. Esses indivíduos atuam em escala regional, nacional e internacional, privando a liberdade de pessoas que sonham com um futuro melhor.
Esse comércio ilegal é uma das formas mais lucrativas e
humilhantes de criminalidade, pois a covardia imposta pelos raptores e
exploradores não poupa crianças, adolescentes e jovens de ambos os sexos.Um estudo feito pela Secretaria de Estado de Justiça e
Direitos Humanos (SEJUS), aponta que o Estado possui rotas de tráfico humano.
A criação de pontos estratégicos para impedir que pessoas, principalmente do sexo feminino, sejam vítimas desse tipo de crime precisam ser ampliados. Portanto, fique atento ao tráfico de pessoas, que consiste no ato de comercializar, escravizar, explorar e privar vidas. Ou seja, é uma forma de violação dos direitos humanos.
Carlos Muniz- Especial Para Repórter Parintins