MPT determina inclusão social de catadores

Notícia do dia 17/05/2013

As procuradoras do Ministério Público do Trabalho (MPT), Alzira MeloCosta e Ana Carolina Martinhago Balam, pediram empenho das secretariasmunicipais na elaboração de projeto emergencial no prazo de 10 dias emrelação à inclusão dos catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis no Festival Folclórico, não só dentro do Bumbódromo. OMPT fez inspeção no aterro controlado e promoveu audiência na tarde de quarta-feira, 15, no auditório do Fórum de Justiça de Parintins.

As procuradoras solicitaram a criação de eco pontos ou alternativaspara os catadores terem um ponto de recolhimento dos resíduos. Asprocuradoras do Ministério Público do Trabalho reforçaram que noprocesso de coleta dos materiais recicláveis e reutilizáveis não sejausado o trabalho infantil. ?Que sejam estabelecidos e projetados pelomunicípio mecanismos para evitar crianças na catação dos resíduos?,lembrou a procuradora Alzira Costa.

O cadastramento dos catadores de materiais recicláveis e reutilizáveisassociados ou não a Associação dos Catadores de Lixo de Parintins(Ascalpin) foi requisitado pelo MPT. ?O Ministério Público do Trabalhonão fechou os olhos para eles. O MPT luta por essa categoria?,
declarou Alzira Melo. A presidente da Ascalpin, Marcivon e Cazemiro, enumerou as dificuldades de acesso aos camarotesdo Bumbódromo para coleta de resíduos nas três noites de Festival.

Segundo a presidente da Ascalpin, o impedimento era por parte defuncionários da Empresa Ativa. As procuradoras do MPT responderam queo problema será resolvido com os catadores devidamente identificadoscom coletes para não haver mais impedimento do exercício da atividadenos camarotes.  Presente na audiência, a secretária municipal de cultura e turismo, Cléia Viana, destacou que vai pedir a inclusão doscatadores junto a Empresa Ativa para sanar a questão.

A procuradora Alzira Costa informou que tramitam no MPT cincoprocessos: dois em face dos bois Garantido e Caprichoso; um em face domunicípio do que diz respeito à implementação de políticas públicaspara a inclusão dos catadores de materiais recicláveis formalmente no
processo de gerenciamento e gestão dos resíduos sólidos; dois voltadospara o enfrentamento do trabalho infantil e exploração sexual.

A atividade de coleta em área de disposição final é proibida por leie deixou de existir em janeiro deste ano na área do aterro controladodo município, conforme a secretária de serviços públicos, Fabiana Campelo. ?Tivemos todo o cuidado e procuramos orientar as pessoas a trabalharem na própria empresa operadora na área ou se associassem à
Ascalpin. Alguns optaram em ficam na empresa e outros não se migraram para a Ascalpin. Temos ajudado principalmente na questão de transportee logística do material?, frisou.

Texto: Gerlean Brasil

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