De acordo com a prefeita deJutaí, Marlene Gonçalves Cardoso (PMDB), os moradores da área rural do município foram obrigados deixar as residências porque o rio subiu ao nível que impossibilita a elevação dos assoalhos, as chamadas marombas.
"Na área rural do município próximo ao Rio Solimões as casas já estão submersas. A água chegou à altura do teto da casa, impedindo subir o assoalho. Os agricultores já sofrem com os prejuízos das plantações atingidas. Eles também não têm onde morar", revelou a prefeita.
Conforme dados da Prefeitura de Jutaí, a população atingida é de mais de 2 mil famílias, que foram cadastradas pelo executivo municipal. As aulas nas escolas municipais foram paralisadas em decorrência da cheia do rio. O número de alunos sem aulas ainda não foi contabilizado. A população residente na área mais baixa da zona urbana da cidade também foi atingida.
Os prejuízos da cheia também alteraram negativamente a economia do município. As plantações de mandioca e banana foram perdidas. Segundo a prefeita, a falta de matéria-prima da farinha de mandioca comum, por exemplo, provocou aumento no preço do produto, que chega a custar R$ 8 (o quilo), valor que o alimento é encontrado em comercialização na capital amazonense.
"Com homologação da situação de emergência, aguardamos o repasse de recursos para atender a todas as famílias afetadas com material de limpeza e cestas básicas. A Prefeitura tem feito o possível para amenizar os efeitos das cheias, mas a situação é muito complicada. Continuaremos cadastrando as famílias atingidas enquanto isso", destacou Marlene.
Cheia
Até último dia 5 deste mês, a cheia dos rios Negro e Solimões ja havia prejudicado 80 mil ribeirinhos, segundo a Defesa Civil Estadual. De acordo com o órgão, o número representa 15 mil famílias. Os outros municípios do estado que estavam em situação de emergência são: Juruá, Guajará, Ipixuna, Eirunepé, Envira, Itamarati, Carauari, Benjamin Constant, Atalaia do Norte, Santo Antônio do Içá, São Paulo de Olivença, Apuí e Canutama.
Os municípios que estão em situação de emergência situam-se na região próxima à fronteira com o Peru e Colômbia, onde choveu 30% além do esperado nos meses de março e abril.
Via G1amazonas
