Uma ligação levou a 3ª Companhia Independente de Bombeiro Militar (CIBM) a resgatar no início da tarde de quarta-feira, 08, o corpo do pedreiro Sebastião Rodrigues Nunes, 69, no final da Rua Itacoatiara, Bairro Palmares. Sebastião Nunes estava desaparecido desde o dia anterior e se tornou a terceira vítima de afogamento este ano nas águas do Lago Macurani.Parte do rosto do pedreiro tinha sido consumida por peixes e o corpo se encontrava em estado de decomposição.
Já passava das 13h de quarta-feira quando a 3ª CIBM conduziu o corpo à Sala de Medicina Legal, anexa a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), para passar por exame de necropsia. Na Sala, familiares reconheceram ser o corpo do pedreiro desaparecido, apesar da ausência de massa corpórea no rosto. Acompanhado do auxiliar em necropsia, Benedito Pimentel, o médico legista Jorge de Paula Gonçalves realizou exame no cadáver e atestou a causa da morte asfixia por afogamento.
O pedreiro morava na Rua Alberto Mendes, Bairro Palmares, e teve de ser enterrado ainda na tarde de quarta-feira, devido ao corpo entrar em estado de decomposição. Pai de sete filhos: três homens e quatros mulheres, Sebastião Nunes trocou a profissão pelo álcool há pelo menos 10 anos, segundo o irmão, Raimundo Rodrigues, o Gato. ?Quem conhecia ele, sabia do bom profissional. Deixou grandes construções, mas infelizmente a bebida o levou para um destino pior?, diz.
No momento da entrevista, Raimundo Rodrigues chegou a ficar emocionado, ao lembrar-se do irmão e relatar a luta contra o vício da bebida. ?A bebida é uma droga. Mamãe aconselhava muito ele, para deixar o vício. Parece que ele estava dominado mesmo. Algumas vezes o levávamos para casa e ele dizia que ia parar. Muitas vezes ele chegava numa situação de ficar muito abatido?, enfatiza Gato.
Texto: Gerlean Brasil
