Morte na hora do parto
A morte de uma criança na hora do nascimento, no final de sexta-feira, 21, no Hospital Jofre Cohen, revoltou familiares da professora Joelma Carvalho Farias, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Município. A professora foi encaminhada ao hospital para a realização de parto cesariana, tendo em vista não oferecer condições físicas para o parto normal, conforme constatado pela médica que orientou o seu pré-natal.
Joelma Carvalho Farias deu entrada no hospital ontem de manhã. Irmãos da professora, que acompanharam os fatos, acusam o médico e uma enfermeira de negligenciarem a situação pondo em risco as vidas da mãe e do bebê. As consequências recaíram sobre a criança. O laudo indica a morte dez minutos após o nascimento, mas os familiares da professora contestam, afirmando que a criança nasceu morta, por conta da demora e resistência em realizar a cirurgia cesariana.
Outras mortes
Um irmão de Joelma informou que servidores do hospital disseram que nos últimos quatro dias três crianças e uma parturiente foram a óbito naquele hospital. A revolta dos familiares está no fato do encaminhamento para a Cesária ter sido ignorado pelos plantonistas. ?O médico disse que não era cirurgia e que era infecção urinária que ela tinha. Uma enfermeira disse que ela tinha que ter o filho normal, seja por cima seja por baixo, pois quem mandava no hospital eram eles?, contou um tio da professora.
Há informações de que nos últimos quatro dias três crianças e uma parturiente morreram naquele hospital. A reportagem tentou contatos com secretária municipal de saúde, Maria do Desterro, mas esta se encontra em viagem para Brasília.
Texto: Marcondes Maciel