O negro na formação do povo brasileiro é reafirmado pelo Unidos do Itaúna

Notícia do dia 12/02/2013

O bloco carnavalesco Unidos do Itaúna mostra no seu desfile do Carnailha 2013 a importância dos negros para a formação étnica do povo brasileiro. Para afirmar essa contribuição que gerou a miscigenação de raças, cores, costumes os diretores do bloco foram buscar nas origens afro o argumento para defender o tema: ?Negros: Eu canto a minha cor?.

?Nascer negro é consequência. Ser negro é consciência?, é um dos trechos da letra do enredo. A narração envereda pela dança de capoeira, pelo olodum para mostrar que o brasileiro também descendeu da raça negra. ?A temática negra como contribuição da formação cultural do Brasil, é retratada desde os navios negreiros de Castro Alves, poeta abolicionista que contou e cantou os escravos negros através de sua poesia, e este navio traz em sua tripulação um Brasil Negro, formado por esses cidadãos que muito contribuíram no que tange a dança, música, esporte, políticas e artes em geral?, explica o presidente do bloco Fausto Franco Martins.

A comissão de frente sintetiza o processo de escravidão para o homem livre. A partir dessa liberdade, começa a evolução artística do negro, que outrora era latentes, mesmo dentro das senzalas. Os integrantes da comissão de frente realizam um performance envolvendo a dança do olodum misturado com o jogo de capoeira.

A rainha do bloco, Mari Monteverde, bisneta de Lindolfo Monteverde, negro fundador do boi Garantido em um sambado sensual representa muito bom a comunidade negra. ?O destino de nossa viagem é chegar a um ponto onde brancos e negros convivam com igualdade, e saber que ?Nascer negro e consequência. Ser negro é consciência?, ressalta o presidente.

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