Festribal 2015 vai destacar a celebração dos povos indígenas

Festribal 2015 vai destacar a celebração dos povos indígenas Foto: Divulgação Notícia do dia 28/07/2015

Com o tema Celebração dos Povos Indígenas, o 21º Festival de Juruti, Oeste do Pará, entre as tribos Muirapinima e Munduruku, será nos dias 30, 31 de julho e 1º de agosto no Tribódromo, próximo fim de semana.

 

A direção da tribo Muirapinima anunciou mudanças em três itens para a disputa do Festribal 2015. “Este ano temos a volta do apresentador Théo Neves. O item índia guerreira também sofreu modificações quem assumirá o posto é a jovem Neilane Costa, a guardiã tribal será Paula Andrade”, explicou Nei Juruti, membro da diretoria. O tema escolhido para esse ano é “Ensinança Ancestral”. A temática tem como objetivo fazer um resgate da história da tribo ao longo no Festribal.

A tribo Munduruku defende o tema ‘Rituais’. Para Júnior Batista, membro do Conselho de Arte da tribo, o tema representa os momentos solenes que uma civilização celebra. “É a celebração da vida, a morte, a passagem de idade, a fartura, o nascimento e principalmente a reafirmação dos valores e tradições indígena”, conclui. O diretor musical da tribo é o cantor Sebastião Jr. Em Parintins ele é levantador de toadas do boi Garantido.

Nos barracões das tribos, a movimentação é intensa com ensaios de itens e de outros componentes da tribo. Com relação à confecção das alegorias e fantasias, as tribos geralmente deixam essa ação para este mês de julho, entretanto, a cidade ganha movimentação com os ensaios, tanto no Universo Munduruku quanto na Aldeia.

 

Mais sobre o assunto

De acordo com o secretário de Cultura do Município, Carlos Alberto Pinheiro, a festa resgata em forma de espetáculo a cultura indígena nativa da cidade, uma das maiores manifestações culturais da Amazônia. O palco das apresentações é o Tribódromo, arena onde as tribos Muirapinima (vermelho e azul) e Munduruku (vermelho e amarelo) se enfrentam pela conquista de mais um título.

 

Para Carlos Alberto, a festa das tribos retrata a cultura indígena em forma de música, artes cênicas, alegorias e danças. O modo de vida do caboclo, os rituais indígenas, o pescador e o farinheiro são algumas das inspirações do festival. “O Festribal nasceu como uma ramificação do Festival Folclórico de Juruti que apresentava cordões de pássaros, quadrilhas, bumba-meu-boi e carimbo”, disse.

 

O secretário explica que em 1993 surge uma dança com coreografia indígena de nome Tribo Munduruku. Como não havia essa categoria no festival, no ano seguinte foi criado outro grupo intitulado Tribo Muirapinima para concorrer com os Mundurukus, cuja primeira disputa entre as duas tribos ocorreu em 1995.

A Tribo Munduruku foi fundada em 1993 e surge a partir de uma dança com coreografia indígena. A Tribo Muirapinima, fundada em 1994 surgiu da Dança do Fogo (grupo de coreografia indígena que existia no Colégio Américo Lima).

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