Falta de tratamento do lixo leva populares manifestar em frente casa de prefeito

Falta de tratamento do lixo leva populares manifestar em frente casa de prefeito Fotos: Igor de Souza Notícia do dia 18/07/2015

A novela da lixeira pública de Parintins apresentou hoje, 18, um novo e polêmico capítulo. Insatisfeitos com a falta de tratamento do lixo na cidade, moradores dos bairros Pascoal Alaggio, Djard Vieira, Lady Laura e representantes da Universidade do Estado do Amazonas (UEA/Parintins) saíram às ruas em protesto e depositaram lixo enfrente à casa do prefeito Alexandre Carbrás (PSD), na Estrada Parintins/Macurani, Djard Vieira.

 

Com sacos de lixo nas mãos e máscaras hospitalares no rosto, eles deixaram dezenas de sacolas com resíduos sólidos que, segundo os manifestantes, simboliza a criação de uma nova lixeira pública na cidade, a casa do prefeito. O local estava guardado por policiais militares, membros da segurança da prefeitura e guardas municipais, que não impediram a ação dos protestantes.

 

 

O primeiro a depositar o lixo na lixeira do prefeito foi o diretor a UEA/Parintins, David Xavier, que esta semana rompeu o acordo com a prefeitura sobre a utilização do espaço da universidade devido a falta de tratamento adequado do lixo no terreno da instituição. “É uma manifestação da sociedade que está indignada com a condição da lixeira, que não aguentam mais a ausência do poder público quanto ao tratamento do lixo”, protesta.

 

 

 

Segundo David, a área da lixeira pertence à UEA e não está sendo cuidada como deveria, portanto a instituição vai reivindicar a posse do local. “Aquela área toda é da universidade e a universidade vai reivindicar a área para si. Não é admissível que o município que tem uma universidade de nível superior se mantenha calado, omisso diante de tal situação”, afirma.

 

A jovem Solane Carvalho, 18, mora no Pascoal Alaggio há cinco anos e participou da manifestação. Segundo ela, “não dá mais pra aguentar” viver com uma lixeira pública enfrente à residência dela. A casa de Solane fica na entrada da lixeira e o lixo agora é jogado na rua e está a poucos metros do portão da casa dela. “É horrível, a gente que convive 24 horas com esse odor forte, então prejudica nossa saúde. A gente não aguenta mais estar vivendo nesse meio de lixo. Hoje eu resolvi participar dessa manifestação para ver se acorda esses governadores, esse prefeito”, conta.

 

 

 

O secretário de limpeza pública e meio ambiente, Suammy Patrocínio, foi o único representante do poder público que acompanhou o manifesto. Ele reconheceu o problema com o tratamento adequado do lixo na cidade, mas afirma que o município esta trabalhando para resolver o caso. Segundo ele, a manifestação tem forte cunho politiqueiro. “A gente vê um ato que começou uma coisa que nós já estávamos dando solução. Isso nos entristece porque é um manifesto politiqueiro, uma ação de pessoas envolvidas na política”, aponta.

 

Os manifestantes prometeram uma nova e maior manifestação no dia 17 de agosto, quando iniciar o período acadêmico na UEA. Está agendado para o dia 28 de julho uma audiência pública na comunidade Flor de Maio, Vila Amazônia, quando será novamente tratada a situação da lixeira pública de Parintins.

 

Veja vídeo:

Eldiney Alcântara/Repórter Parintins

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