Garantido propõe Renascimento em sua última noite

Garantido propõe Renascimento em sua última noite Fotos: Igor de Souza/Agnaldo Corrêa Notícia do dia 28/06/2015

O Boi Garantido encerrou sua participação no 50º Festival Folclórico de Parintins com a apresentação “Vida e Ressurreição”, discursando que não estava encerrando um ciclo na arena, mas que a humanidade precisa “renascer a cada dia e preservar o que ainda resta”, como versou Tony Medeiros em seu verso de despedida.

 

Na abertura do espetáculo, uma lagarta gigante simbolizando a metamorfose constante da vida trouxe a Batucada. Na sequência, a celebração folclórica “Auto do Boi Amazônico”, com o auto de morte-ressureição do boi-bumbá. O amo do boi, a vaqueirada, a sinhazinha da fazenda e a porta-estandarte do boi da baixa do São José surgiram e compuseram o cenário folclórico do vermelho e branco. O vestido da sinhazinha foi destacado pelo apresentador Israel Paulain, pois estava repleto de elementos de vida. A vaqueirada trouxe em suas lanças elementos da fauna amazônica, como garças, borboletas, beija-flores e araras.

 

Os trabalhadores que retiram da Amazônia os elementos para a sua sobrevivência foram homenageados na figura típica regional. Os coletores da Amazônia entram na mata para retirar cipós, jutas, semente e outros elementos para sua subsistência e, assim, preservando a floresta. A rainha do folclore Isabelle Nogueira surgiu na alegoria representando a biodiversidade amazônica. Isabelle retornou à apresentação no momento tribal, em uma celebração às mães, símbolo de vida.

O ritual indígena de renascimento tribal Kuarup, da etnia, Kamayurá, foi apresentado pelo boi da baixa do São José. O pajé André Nascimento surgiu em um maracá no alto da alegoria e conduziu a celebração juntamente aos tuxauas do Boi Garantido.

 

O Garantido encerrou sua apresentação com a Lenda Amazônica “O Povo das Araras Vermelhas”. Segundo a narrativa, a casca do céu foi rompida pela flecha da discórdia e o povo que vivia no céu caiu na terra e aqui teve que se adaptar aos cataclismos do cotidiano terreno.

 

Tags: