A arte de fazer Tipiti sobrevive nas comunidades rurais de Barreirinha

A arte de fazer Tipiti sobrevive nas comunidades rurais de Barreirinha Foto: Baeturismo Notícia do dia 22/01/2015

A arte de confeccionar Tipitis ? objeto feito de cipós, e que tem como utilidade espremer a mandioca e retirar o Tucupi ? suco de cor amarelada e cheiro forte e que tem em sua composição um veneno chamado de ácido cianídrico ? ainda se mantêm viva em algumas comunidades do interior de Barreirinha.

 

E uma dessas comunidades é o Distrito de Santa Tereza do Matupiri que, aliás, é uma comunidade de remanescentes de Quilombolas e fica localizada em uma cabeceira do Rio Andirá.

 

Em visita a essa povoação se pode observar cidadãos absortos em seu trabalho de tecer o Tipiti para vender como é o caso do senhor João de Castro Cabral, 64 anos, que sentado embaixo de uma grande árvore passa dias tecendo esses objetos.

 

Conta o senhor João que para fazer os tipitis ele vai buscar o cipó Jacitara que cresce nas áreas de várzeas do Paraná do Massauari, local muito distante da sua comunidade ou então no Chapeleiro, local mais próximo de sua casa.

 

Ele conta que aprendeu a tecer com seu pai quando tinha a idade de 10 anos, e que tece em duas ou duas horas e meia um tipiti, cobra 25 reais por cada unidade na comunidade. ?Já ensinei várias pessoas na vila, mas alguns, principalmente os jovens não querem mais aprender o ofício de tipitizeiro?, completou seu João.

 

Por Baeturismo

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