Esta semana entidades parintinenses estiveram reunidas para debater as metas do Plano Municipal de Educação de Parintins, porém, profissionais da educação criticam a forma de elaboração do documento. O professor universitário Eliseu Souza acredita que a formulação das propostas será feita às pressas e isso pode comprometer a eficácia do processo ensino aprendizagem no município.
O Plano Municipal de Educação deve ser apresentado à Câmara Municipal de Parintins até o dia 24 julho, quando deve ser aprovado pelo legislativo e conter todas as diretrizes que irão nortear o processo de ensino no município. Para elaboração deste documento os profissionais da educação e representantes de entidades analisam os planos nacionais e estaduais de educação, que dão suporte para o município. Na semana passada ocorreu a análise do plano base que culminou com a Conferência Municipal de Educação de Parintins.
O Plano que está sendo formatado tem vigência de dez anos (2015/2025) e, segundo a gerente de ensino da Secretaria Municipal de Educação, Rosene Tavares, ele tem que traduzir as necessidades das escolas da cidade. “Essas metas tem que atender os anseios da sociedade, da clientela estudantil e dos profissionais da educação”, informa.
Crítica
O professor Eliseu Souza crítica a formatação das metas e acredita que o tempo não colabora com a elaboração de um documento que, realmente, atenda as reais necessidades do município. “Infelizmente, vamos aprovar um plano às pressas. Eu já tinha ido, anteriormente, na secretaria de educação, já tinha procurado os vereadores com a preocupação a respeito do prazo que temos para apresentar o plano”, alerta.
Eliseu aponta que, para uma desorganização no processo de elaboração do plano, uma vez que deixaram para cima da hora a discussão das metas e que isso pode comprometer tanto a participação da sociedade. “Acho que poucas pessoas irão participar da discussão, não por culpa das pessoas, mas pela organização em não possibilitar maior número de pessoas com suas propostas. Teremos um plano, mas que não será debatido com a sociedade”, revela.
O professor também critica a legitimidade do plano. “Quem me garante que os professores foram ouvidos? Quem me garante que o plano vai traduzir a voz dos professores, a voz dos estudantes? De certa forma, nós teremos um plano que vai seguir o rito legal, mas eu não sei até que ponto será legítimo. Talvez não expresse a vontade das pessoas”, recrimina.
Eldiney Alcântara
Especial Para Repórter Parintins