A família de Homero Ferreira de Souza, assassinado em agosto de 2013, recorreu da última decisão da justiça de desqualificação criminal, onde o réu Marcley Gama pode ser julgado por homicídio e não mais latrocínio. Homero Ferreira de Souza era gerente do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) na época em que ocorreu o crime.
Após pedido da defesa para que fosse desqualificado o crime de latrocínio (roubo seguido de morte) e analisado o processo como homicídio, o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM) aceitou o recurso e o processo pode ter novo julgamento com júri popular em Parintins. Porém, a família de Homero resolveu acionar advogado para recorrer desta decisão e exigir que se mantenha a primeira sentença que apenou Marcley a 21 anos de reclusão, por latrocínio.
Recurso
O advogado de acusação, Luciano Moura Maciel, informa que o novo recurso foi impetrado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) em Brasília. O pedido está em análise e uma resposta deve ser anunciada até o fim do ano. A expectativa é que somente em 2016 o caso possa ter alguma audiência, caso seja necessário.
A sobrinha da vítima, Ellen Stefano Ferreira, conta que a família se reúne para discutir sobre o caso e que a decisão de recorrer foi tomada por todos os parentes de Homero. “A gente vai recorrer até a última instância. A gente quer justiça. Esse crime não pode ficar impune”, desabafa.
Se o STJ mantiver a decisão, Marcley vai ser julgado pelo crime de homicídio por júri popular, e não mais latrocínio, e pode pegar uma pena menor que varia de 6 a 20 anos (homicídio), enquanto que roubo seguido de morte pode acarretar numa pena de 20 a 30 anos.
Homero Ferreira de Souza foi assassinado no dia 16 de agosto de 2013 na residência dele, no Djard Vieira. Marcley desferiu 10 estocadas e, em seguida, levou televisão e duas motos da vítima. Marcley está preso desde setembro do mesmo ano.
Da Redação/ Repórter Parintins