Agência oficial dos bumbás rebate críticas sobre o festival

Agência oficial dos bumbás rebate críticas sobre o festival Fotos: Igor de Souza Notícia do dia 25/05/2015

“O momento é de unir forças e não buscarmos apenas o negativo o tempo inteiro”, esta foi a declaração de André Guimarães, representante da empresa Maná Produções e Eventos, captadora de recursos dos bois Garantido e Caprichoso, em resposta a uma publicação ontem, 24, no Jornal em Tempo, que apontava um declínio do Festival Folclórico de Parintins.

 

Na Capa, o jornal amazonense publica que o festival está desgastado. “É essa a imagem daquela que até pouco tempo era a mais luxuosa festa folclórica do país”. Guimarães repudia a notícia e afirma que, além da crítica, é preciso buscar soluções para a crise que não se limita aos bumbás de Parintins. Ele exemplifica o carnaval de São Paulo e Rio de Janeiro que passaram por dificuldades, mas que hoje são dois grandes eventos nacionais e internacionais.

 

Ele destaca que, neste caso, a mídia não se limitou a fazer críticas negativas. “Manchetes como as de hoje (domingo) do Jornal Em Tempo, em que pese o conteúdo da matéria trazer importantes aspectos a serem debatidos e avaliados, não existiram aqui em São Paulo. Procurou-se o tempo todo aqui, preservar os eventos enquanto se apuravam responsabilidades e buscavam-se soluções que foram encontradas e permitiram colocar o Carnaval SP, por exemplo, no auge que se encontra hoje”, critica.

 

André afirma que o duelo deve ser somente dentro da arena e que fora dela todos devem unir forças para o crescimento da festa. André afirma que os bumbás não podem estar atrelados a partidos políticos que sejam opositores ao sucesso do espetáculo. “Sou contra a turma do quanto pior melhor. Os Bois não podem mais ser usados como plataforma política de A ou B”, revela.

 

Na tentativa de tornar o festival folclórico um evento mais atrativo, a diretora da Maná Produções e Eventos, Márcia Nogueira, sugeriu ainda algumas estratégias para que a festa supere a crise financeira que abala o país. “Acabei de conversar com a secretária de Cultura do Município de Parintins, Sinatra Santos, sobre uma necessidade de pressionarmos a Azul e MAP reduzirem os preços das passagens. Cada trecho mais de quatrocentos reais, é inconcebível, pois tem pessoas que só podem ir de avião”, aponta.

 

Márcia entende que as passagens poderiam ser vendidas pelos mesmos preços que são vendidas o ano todo. “Ainda não compreenderam que estão prejudicando o evento com esta postura”, critica.

 

A secretária de cultura, Sinatra Santos, afirma que o festival não está em declínio e que o país todo vive uma crise financeira muito grande. Ela aponta algumas estratégias que a pasta realiza para tentar alavancar o festival como o retorno das quadrilhas ao bumbódromo, promoção da rua mais enfeitada, melhor estrutura e premiação ao concurso do cartaz, festa dos visitantes, entre outras medidas que buscam dar melhor estrutura e visibilidade para o espetáculo. “É um desafio. Os próprios artistas falam que será o melhor ano do festival em razão das dificuldades. Nós somos parintinenses, não podemos negar nossa cultura e nossa criatividade. Crise nenhuma pode destruir uma cultura”, afirma.

 

Na tentativa de mobilizar as pessoas pelo festival, André Guimarães convoca diretores dos bumbás, políticos, autoridades policiais, judiciário, jornalistas, torcedores, entidades e demais parceiros para juntos buscar o melhor para o festival. “Vamos fazer o festival porque somos parintinenses com um gigantesco orgulho que talvez somente os parintinenses conseguem ter. E humildemente vamos aproveitar os 32 dias que faltam para chamarmos os paulistas, cariocas, manauaras, paraenses, nordestinos, gaúchos, candangos, gringos. Todo mundo. Vamos fazer manchetes anunciando as promoções e as boas vindas aos recursos que os turistas trazem de fora”, sugere o empresário.

 

Eldiney Alcântara/Repórter Parintins

 

Tags: