Família e amigos choram morte da parintinense Jakeliny Barros

Família e amigos choram morte da parintinense Jakeliny Barros Foto: Divulgação Notícia do dia 22/05/2015

O corpo de Jakeliny Barros Ribeiro, 29 anos, chega na tarde desta sexta-feira, 22, a sua terra natal e segue do aeroporto Júlio Belém para velório na capela da Funerária Bentes, na rua Leopoldo Neves, entre o estádio Tupi Cantanhede e Rádio Alvorada de Parintins. O cortejo fúnebre. Ela faleceu no dia 21 em Manaus, vítima de doença que ataca o sangue e diminui as plaquetas.

 

A morte abalou a família e surpreendeu amigos na cidade. Poucas horas depois da notícia do falecimento, postagens nas redes sociais de conhecidos, parentes e amigos manifestaram solidariedade à família. A família viveu triste drama nas duas últimas semanas. Um diagnóstico preliminar em Parintins apontou para dengue hemorrágica, porém, em Manaus, o laudo médico apontou para púrpura trombose.

 

Jakeliny Barros morava na rua Coronel Araújo, centro, com a família. Após sentir dor no corpo, febre e apresentar manchas vermelhas no corpo, procurou atendimento no Hospital Padre Colombo. Os sintomas ganharam gravidade, aliados a hemorragias, o que levou a um primeiro diagnóstico de dengue hemorrágica.

 

O estado de saúde da paciente piorava a cada dia e os médicos resolveram encaminhá-la para o Hospital 28 de Agosto, em Manaus. Após mais de vinte exames na capital, um novo e diferente diagnóstico indicou a doença Púrpura Trombocitopênica Idiopática. “Lá em Manaus, eles detectaram outra doença. Depois de mais outros exames descobriram que já estava avançada a anemia”, informou Erônima Ribeiro, irmã da vítima.

 

A doença é caracterizada pela destruição das plaquetas, células da medula óssea ligadas ao processo de coagulação inicial do sangue. O nome púrpura está relacionado à principal manifestação da enfermidade que é a aparição de manchas roxas ou avermelhadas indicativas de sangramentos que aparecem na pele.

 

O novo resultado nos exames levou os médicos a transferir Jakeliny Barros para a Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas, Hemoam, centro médico especializado no tratamento de doenças relacionadas diretamente ao sangue. Neste local, a jovem recebia intensas doses de recomposição de plaquetas.

A irmã de Jakeliny conta que a paciente recebeu várias bolsas de sangue (O+), porém, o corpo dela rejeitava e acarretava em hemorragias internas e externas. No Hemoam, Jakeliny Barros também passou por transfusão de medula.

 

A púrpura trombose desencadeou ainda a anemia profunda e leucemia. A gravidade da doença e o intenso tratamento deixavam Jakeliny mais fraca a cada dia. Ela tinha febre alta, dores no peito, fraqueza, cansaço e manchas vermelhas e roxas pelo corpo devido à coagulação do sangue. Jakeliny não resistiu a complicação da doença e faleceu. Corpo dela retornou a Parintins para velório e sepultamento.

 

Jakeliny trabalhava em um escritório de contabilidade de propriedade da irmã Eronildes Barros e deixa uma filha de quatro anos, Maria Fernanda Barros. Familiares e amigos lamentaram a perda. “Falar de Jakeliny é falar de um espírito alegre, criativo, esportivo. É uma pessoa dinâmica que gostava de viver a vida constantemente. Ela se foi, mas deixou um legado de alegria”, conta emocionada Erônima Ribeiro.

 

Da Redação/ Repórter Parintins

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