Empresário cobra prefeitura por danos morais e financeiros

Drogaria pode ter sido interditada de forma arbitrária

Empresário cobra prefeitura  por danos morais e financeiros Foto: Eldiney Alcântara Notícia do dia 18/05/2015

O empresário Ricardo Silva Linhares, 33, dono da Drogaria Farma Vida, na rua 3 do bairro Paulo Corrêa, teve esta semana seu estabelecimento comercial interditado pela Vigilância Sanitária. A gerente Juliana Castro, que foi exonerada do cargo, alegou irregularidades na documentação, porém, o proprietário acusa a ação de retaliação política.


Ricardo conta que na quinta-feira, 7, fez uma publicação no facebook reivindicando do poder público melhorias na rua onde está localizada a drogaria dele, o que gerou intensas discussões negativas contra a administração pública municipal.


No dia seguinte, agentes da vigilância sanitária e representantes do Conselho Regional de Farmácias notificaram o estabelecimento e deram um prazo de 48 horas para regularizar documento em atraso, porém, no mesmo ato lacraram o local. “É muita consciência, eu publico na quinta e na sexta minha drogaria é interditada e no sábado a rua é asfaltada”, acusa.


Ricardo conta que no sábado, 9, a filha dele adoeceu e precisou abrir a drogaria para pegar remédio, porém manteve a farmácia aberta, o que levou a vigilância sanitária a acionar a polícia e mais uma vez interditar o prédio. Indignado com a situação, o empresário procurou a Delegacia Interativa de Polícia (DIP) e registrou boletim de ocorrência, alegando abuso de autoridade.


Na quarta-feira, 14, a reportagem procurou Juliana Castro, que respondia pela gerência da Vigilância Sanitária, porém a mesma foi exonerada do cargo. Há suspeita de que o abuso de autoridade possa ter contribuído para a demissão de Juliana, porém, a nova gerente, a farmacêutica Ianne Nunes, informou que não estava autorizada a falar sobre o assunto. A nova chefe somente afirmou que “nem todas as drogarias estão regulares”.


Orientado pelo advogado Ricardo da Silva, o empresário busca na justiça alguma forma de minimizar os prejuízos que teve, mas principalmente, tentar diminuir os danos morais que sofreu com a ação, que segundo ele, foi arbitrária. “A pior de todas é a perda moral. O cliente passa na frente e vê a placa de interdição sem saber que o motivo pelo qual está sendo fechada é documentação. Na cabeça do cliente passa que eu estou trabalhando com remédios ilegais, adulterados, ou alguma coisa do tipo. Então, isso me prejudicou e muito”, desabafa.


Ricardo conta que até o filho dele passou por momentos constrangedores. Na escola o garoto sofreu com bullying por parte de colegas. “Eu senti uma perda e vou buscar na justiça recuperar aquilo que de uma forma arbitrária, truculenta e ilegal eles tentaram me tirar”, finaliza.

 

Eldiney Alcântara
Especial Para Repórter Parintins

Tags: