Notícia do dia 17/05/2015
Na manhã deste domingo, 17, as pessoas que iniciaram uma ocupação em terras da Gleba de Vila Amazônia realizaram uma reunião com o objetivo de legitimar a invasão e dar legalidade ao ato. Representantes das 800 famílias estiveram reunidas num dos lotes daquela área e promoveram a fundação da Ascombin, Associação Comunitária do Bairro da Independência, no dado para o local.
Todos os presentes foram convidados a assinar a ata de fundação, o estatuto da associação e o termo de compromisso do recebimento do lote. A partir desta assinatura, a diretoria da ocupação pretende organizar ainda mais o movimento e fazer o controle dos terrenos. O líder do movimento, Hudson Araújo, 51, foi aclamado como presidente da Ascombin. “A vai legalizar para poder ter respaldo frente os órgãos estaduais federais e onde a gente posa reivindicar os direitos desse movimento, desse povo. Então, quanto mais a gente puder legalizar é melhor”, garante.
Ao longo da semana, a diretoria do movimento vai cadastrar todos os ocupantes da área e definir os lotes que ainda apresentam algumas pendências. A intenção é organizar a área para a possível visita do ministro de Minas e Energia Eduardo Braga e representantes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, Incra, que pode acontece entre os dias 20 e 28 deste mês.
Outra preocupação do movimento é quanto a venda de lotes, que segundo Hudson, terá maior fiscalização para que essa pratica não aconteça. O agricultor José Wilson Pereira, 45, mora com a família dele na comunidade de São Sebastião do Quebra (Gleba Vila Amazônia) e afirma que muitas pessoas que moram na gleba necessitam desse espaço para construir moradias para os próprios filhos. “Através desse movimento o povo esta se manifestando pensando no futuro deles e dos filhos deles”, ressalta.
Na quarta-feira, 14, representantes do movimento estiveram reunidos com o presidente da Câmara Municipal de Parintins, Everaldo Batista, para pedir apoio político à causa dos ocupantes. O edil prometeu agendar encontro com o prefeito Alexandre da Carbrás, o ministro Eduardo Braga e representantes do Incra para legalizar a ocupação.
