Trabalhadores promovem sarau para reflexão de decisões políticas no Brasil

Trabalhadores promovem sarau para reflexão de decisões políticas no Brasil Foto: Divulgação Notícia do dia 15/05/2015

Estudantes, professores universitários, movimentos populares, artistas e músicos participaram do primeiro sarau dos trabalhadores de Parintins, realizado na noite de quinta-feira, 14, na área de concentração do Bumbódromo, em frente a praça dos bois. No espaço, teve recitação de poesias, exibição de painéis artísticos, música, dança, teatro, exposições artísticas, fotográficas, venda de comidas típicas e artesanatos em barracas.

 

 O sarau foi organizado pelo Movimento dos Trabalhadores de Parintins contra o Projeto de Lei (PL) 4.330, de terceirização, e medidas provisórias 664/665 em discussão no Congresso Nacional. Para a estudante do curso de Comunicação Social/Jornalismo do Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia (ICSEZ), da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Tayana Nazário, natural de São Paulo, é importante ter esse movimento em Parintins.

 

 “Não é tão fácil ver movimentos como esses em Parintins, porque é raro. Então, é importante pelo tema que trata dos trabalhadores contra PL. Esse projeto vem prejudicar não só os trabalhadores de Parintins, mas de todo o Brasil. É importante que o pessoal de Parintins se mova contra isso e tenha consciência de que não é bom para ninguém. Que promova mais movimentos para tentar barrar essa medida, seja com sarau ou manifestação”, disse a estudante.

 

 Na opinião do estudante do curso de história do Centro de Estudos Superiores de Parintins (Cesp), da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Eduardo Setúbal, natural de Brasília, o movimento é importante a partir do momento que atinge aprovação do Projeto de Lei, que abrange os atuais e os futuros trabalhadores. “Tira a liberdade daquele que já tem um emprego de qualidade. Cai a qualidade do emprego, o salário é reduzido, perda de direitos trabalhistas como FGTS, férias e seguro desemprego”, avalia.

 

De acordo com o universitário, com essas medidas, o trabalhador corre risco maior de sofrer acidentes de trabalhos, o emprego fica mais submisso ao chefe, não tem a quem recorrer, porque os sindicatos ficam enfraquecidos. “Então, ele não tem para onde recorrer. Isso acaba sendo de interesse de toda população. Esse movimento já vem construindo essas manifestações e lutas contra esse Projeto de Lei da terceirização. É importante porque o projeto irá atingir todo mundo, não só os estudantes, mas toda população”, analisa.

 

Tags: