Situação crítica do festival é levada à audiência pública na Câmara de Parintins

Situação crítica do festival é levada à audiência pública na Câmara de Parintins Fotos: Divulgação/Chico Batata Notícia do dia 28/04/2015

Diretorias dos bumbás, comerciantes, empresários, secretarias municipais, representantes do Governo do Estado, associações, entre outras instituições, tanto públicas, quanto privadas, discutem os rumos do Festival Folclórico de Parintins no dia 30 de abril na Câmara Municipal de Parintins. A audiência pública foi solicitada pela vereadora Vanessa Gonçalves (PROS), ao avaliar o direcionamento da festa nos últimos anos.

 

A vereadora solicitou atenção do Estado, Município, das associações folclóricas, artistas, torcedores e a comunidade em geral para discutir ações em beneficio a realização anual do festival durante a audiência. Ao defender planejamento estratégico, a parlamentar, que foi sinhazinha da fazenda do Boi-Bumbá Garantido antes de seguir carreira política, manifesta preocupação com a principal fonte de economia do município.

 

Os questionamentos sobre o encarecimento da festa não atuais. No ano passado, por exemplo, por falta de demanda e alto custo das passagens, assim como pacotes, pelo menos 10 voos da GOL Linhas Aéreas foram devolvidos pela Tucunaré Turismo. Em 2014, o parintinense João Vinícius Lago criou o movimento “Pelo bem do festival”, que hoje tem mais de 12 mil seguidores em uma página no Facebook.

 

As principais demandas são todas ligadas diretamente a festa. Há mais de 10 anos o festival de Parintins registra queda no número de turistas por diversos fatores. “A gente partiu do pressuposto de que Parintins, em tese, é uma cidade turística. Então, você tem de trabalhar em conjunto com a questão turística. Se você for analisar, Parintins é uma cidade turística e depende do turista, qual é o custo que um turista tem para chegar?”, indaga.

 

As discussões contemplam passagens aéreas, de barco, de lanchas, hospedagem aos turistas, alimentação, entre outros. Todas as associações de transporte, tanto fluvial, quanto aéreo ou terrestre, foram chamadas a participar da audiência. Além disso, os grupos do setor hoteleiro, de pousadas, bares, restaurantes, enfim, toda infraestrutura privada necessária que proporcione ao turista uma boa acolhida, são intimados para o debate.

 

Dentro do festival, a prefeitura e o Estado têm grandes responsabilidades. Associações folclóricas de quadrilhas e bois mirins também fazem parte do festival. “O festival não é realizado somente pelos bois. Existe toda essa logística que é necessária. Então, o objetivo dessa audiência é discutir todos esses fatores, desde as passagens, ingressos, alimentação, valores, a logística e toda parte estrutural da cidade que não são atendidas”, afirma.

 

Com isso, ocasiona uma série de problemas e principalmente o declínio da segunda maior manifestação folclórica do Brasil, como se viu no ano de 2014, com poucos turistas na cidade no período do evento. No ano passado, sobrou de ingressos da venda na internet que resultou, pela primeira vez, em comercialização em bilheteria no Bumbódromo para tentar conter prejuízos da operadora do festival, a empresa Tucunaré Turismo.

 

 

Gerlean Brasil/Repórter Parintins

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