Por João Carlos Moraes
Nesta terça-feira, 27 de agosto, Parintins se viu de novo envolta em uma densa camada de fumaça devido às queimadas que da região.
O fenômeno se repete todos os anos e tem causado sérios impactos na saúde da população e no meio ambiente.
A fumaça das queimadas contém micropartículas de dióxido de enxofre, monóxido de carbono e ozônio, que são extremamente prejudiciais à saúde humana.
O fenômeno, provocado pelas queimadas na região amazônica, tornou a qualidade do ar muito ruim, conforme os dados do Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva).
Os moradores têm relatado um aumento nos casos de problemas respiratórios, como falta de ar, tosse e irritação nos olhos.
Crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias crônicas são os mais vulneráveis. As queimadas na Amazônia são frequentemente associadas à prática de desmatamento ilegal para a expansão agrícola e pecuária.
Da orla de Parintins foi possível perceber de forma mais evidente como a fumaça encobriu o cenário do rio Amazonas e tornou impossível enxergar a margem oposta do rio.
De acordo com os dados do sistema de vigilância ambiental, a qualidade do ar na cidade atingiu o nível de 105 µg/m³ (micrómetro por metro cúbico de Ar). Para ser considerado de boa qualidade, o ar precisa estar entre 0 e 25 µg/m³.
O avanço da fumaça foi registrado em diversas cidades da região. Conforme o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), o problema é intensificado por conta da chegada de uma frente fria que mudou a rota dos ventos e acabou levando as fumaças de queimadas florestais no sul do Amazonas para outras regiões do Estado.
A situação em Parintins é um reflexo de um problema maior que afeta toda a Amazônia. A fumaça das queimadas não só prejudica a saúde dos moradores, mas também contribui para a degradação ambiental e a mudança climática.