Caprichoso abre o Festival de Parintins reverenciando a Ancestralidade 

"Raízes: o entrelaçar de gentes e lutas" norteou primeiro ato de espetáculo azul e branco

Caprichoso abre o Festival de Parintins reverenciando a Ancestralidade  Foto: Josiete Dias Notícia do dia 29/06/2024

Por Por João Carlos Siqueira

 

Com a Lenda Amazônica Dona da Noite, do artista Roberto Reis, o Boi-Bumbá Caprichoso abriu a primeira noite de disputa do 57° Festival Folclórico de Parintins, na noite desta sexta-feira, 28. A alegoria, de proporções gigantescas que contava a história da criação da noite, impressionou pelo acabamento e pela execução de movimentos e empolgando a nação azul e branca no Bumbódromo. Marciele Albuquerque, Cunhã-Poranga, foi içada pelo guindaste representando a própria Dona da Noite.

 

Pachamama, Raiz Cultural da Vida foi apresentada no Encontro Cerimonial "Muatirisawá, o Renascer de Abia Ayla". Três mulheres indígenas trouxeram os tuxauas do Boi Caprichoso para concorrer ao item 14.

 

Na Figura Típica Regional "Mestres e Mestras da Cultura", o Boi Caprichoso homenageou pessoas ilustres da própria história azul e branca, como o compositor Chico da Silva e o saudoso tripa Marquinho Azevedo, representado no centro da alegoria e bailando embaixo do boi, como fez ao longo de quase 30 anos. O filho de Marquinho, Alexandre, tripa oficial do Boi Caprichoso, a sinhazinha da fazenda Valentina Cid e a Porta-estandarte Marcela Marialva surgiram na alegoria que também serviu de cenário para a apresentação de Viva. Cultura Popular concorrendo como Toada, Letra e Música.

 

A Rainha do Folclore Cleise Simas surgiu no momento coreográfico "Bicho Folharal, o Espírito da Luta dos povos da Floresta" representando a Mãe da Mata e guardiã da Floresta, sendo muito aplaudida pela galera azul e pela comissão julgadora 

 

Encerrando a noite, O Ritual Indígena de Transcendência Yanomami "Mothokari, a fúria do sol" contou com a participação de Davi Kopenawa, liderança Yanomami internacionalmente conhecida. No item quatro, o Caprichoso relatou uma das histórias do livro "A Queda do Céu", de autoria de Kopenawa, onde o pajé - unido a outros xamãs - precisa aplacar a fúria de Mothokari e deixar o planeta menos quente.

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