Doenças sazonais da estiagem preocupam autoridades de saúde

Água parada é sinônimo de criadouro de organismos transmissores de doenças infecciosas

Doenças sazonais da estiagem preocupam autoridades de saúde Foto: Divulgação Notícia do dia 31/05/2024

Durante o período de vazante, a água dos rios e lagos ficam sem oxigenação e correm com pouco frequência. E água parada é sinônimo de criadouro de organismos transmissores de doenças infecciosas. Durante a estiagem, a água também fica imprópria para o consumo.

 

De acordo com a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas, a preocupação é com possíveis surtos de doenças endêmicas nas regiões isoladas, como explica Elder Figueira, responsável pela vigilância ambiental da FVS.

 

“A água servida pode ser veículo de contaminação e transmitir, por exemplo, hepatite, cólera, febre tifoide. Então, é importante que a população tenha cuidado com a água que vai ser consumida. Se você não tiver acesso à água de qualidade, que é servida por uma concessionária, você pode utilizar o hipoclorito de sódio para fazer desinfecção”, comenta Figueira.

 

Reforçando a estratégia de prevenção das doenças relacionadas à estiagem severa que o Amazonas pode voltar a enfrentar, a Fundação de Vigilância em Saúde lançou o plano de contingência específico para o período de seca, afirma Tatyana Amorim, diretora-presidente da FVS.

 

“Diante da possibilidade de outra estiagem severa em 2024, é estratégico que o Estado, em parceria com os municípios, atue de forma integrada em atenção à emergência de saúde”, enfatiza.

 

A estiagem severa requer o fortalecimento da instrumentalização dos profissionais de saúde que vão atuar na prevenção das doenças diante da estiagem, segundo Tatyana Amorim.

 

“Entre os objetivos do plano, está ainda reduzir danos para assistir as populações atingidas, fortalecer as ações de vigilância em saúde, além de intensificar a articulação e integração com as secretarias municipais de saúde, para monitorar a situação epidemiológica de doenças e agravos relacionados à estiagem”.

 

Esta semana, o Serviço Geológico do Brasil deve divulgar o último alerta de cheia deste ano e o primeiro prognóstico da estiagem, que começa na segunda quinzena do mês de junho.

 

Por Alvorada Parintins 

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