Porto Tamaquaré está ameaçado de desabar

Porto Tamaquaré está ameaçado de desabar Fotos: Neudson Corrêa Notícia do dia 07/04/2015

Construído em 2005, o trapiche da conhecida escadaria da Tamaquaré, às margens do rio Amazonas, se encontra com estrutura sem manutenção, com as tábuas do assoalho destruídas pela ação do tempo. As vigas e peças de sustentação estão quebradas. Apesar das condições precárias do porto, balsas carregadas de combustíveis, que abastecem diariamente o parque energético da Eletrobrás Amazonas Energia, atracam no local.

 

Até meados da década de 1990, o porto recebia pequenas embarcações regionais para embarque e desembarque de mercadorias ou passageiros. Esse movimento acontecia no intervalo de 15 a 15 dias, época em que era pequeno o número de consumidores de energia elétrica. Com o crescimento populacional de Parintins, a demanda aumentou consideravelmente e o abastecimento da usina termoelétrica se tornou diário.

Por esse fator, as embarcações ficaram impossibilitadas de continuar a utilizar o porto. Com o problema na estrutura de madeira, os tripulantes das balsas correm riscos de acidentes e fazem malabarismos ou improvisam pontes para chegar a terra. O local também é frequentado por crianças e adolescentes para a prática da brincadeira de empinar papagaio de papel.

Nos finais de tardes, jovens aproveitam para tirar fotografias do por do sol no rio Amazonas. Com as tábuas soltas e quebradas do assoalho do trapiche, o perigo é iminente. “Os jovens passam por cima das falhas e vãos de tábuas. O espaço se tornou pequeno. Mesmo assim, as pessoas tentam permanecer no local correndo risco de perderam suas vidas”, comentou um morador das proximidades.

Desde a construção, há dez anos, o trapiche nunca passou por reforma da Prefeitura Municipal de Parintins, visto ser pertencente ao município. O porto possui inclusive esculturas artísticas esculpidas em cimento como marca da criatividade do parintinense. Mas como ele atende a uma empresa de capital privado, deveria ser ela a responsável em dar manutenção.

 

Por Neudson Corrêa

Da Equipe Repórter Parintins

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