LED no interior é uma das metas para a COP 30

O programa, que começou em 2022, tem o objetivo de modernizar e padronizar a iluminação pública do interior

Por: Marcellus Campêlo - 15/02/2024

LED no interior é uma das metas para a COP 30 Foto: Caio de Biasi

Marcellus Campêlo

 

O Governo do Amazonas está empenhado em cumprir a sua parte no compromisso que o Brasil assumiu de chegar à 30ª Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas (COP-30), evento que acontecerá em Belém, em 2025, com resultados robustos na redução da emissão de gás carbônico na atmosfera.

 

Além das ações que já se mostram exitosas na redução do desmatamento, um dos principais causadores do efeito estufa na região, o Governo do Estado também atua em outras frentes. Na Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), uma das ações nesse pacote de metas para a COP 30, é concluir, até lá, a implantação do Programa Ilumina+ Amazonas, nos 61 municípios do interior.

 

O programa, que começou em 2022, tem o objetivo de modernizar e padronizar a iluminação pública do interior, substituindo as lâmpadas antigas que utilizam vapor de mercúrio, de sódio, metálico e mistas, que são mais poluentes, por luminárias de LED. O programa já alcançou 34 municípios e 54 comunidades rurais e indígenas. Implantou 61.396 pontos de iluminação e segue avançando. 

 

Está chegando, entre fevereiro e março, em mais quatro municípios: Pauini, com 694 pontos de iluminação; Canutama, com 865 (684 na sede da cidade e 181 na comunidade Belo Monte); Guajará, com 1.396; e Ipixuna, com 1.361 (1.216 na sede e mais 145 em comunidades rurais).

 

Serão mais 4.316 pontos de LED instalados no interior e entregues entre março e abril. 
Na capital, o programa está atuando com foco diferenciado, substituindo a iluminação nos espaços de uso público dos órgãos do Estado. Os serviços iniciaram no dia 25 de janeiro e já foram concluídos na área externa do Complexo Regulador da Secretaria de Saúde, no Comando de Policiamento da Área Leste (CPA) e no local de embarque e desembarque de passageiros do Porto de São Raimundo, onde está instalada a sede da Superintendência Estadual de Navegação, Portos e Hidrovias (SNPH). 

 

No Complexo Regulador foram instalados 41 pontos de LED, mais 21 no CPA e 45 no Porto de São Raimundo. No total, são 107 pontos de iluminação já instalados nos órgãos públicos. O próximo a ser contemplado é a sede do Governo, na Compensa. Com essa ação, vão sendo ampliados os ganhos na área de meio ambiente e, também, de gestão dos recursos públicos.

 

O LED proporciona maior eficiência energética, porque dura até dez vezes mais que as lâmpadas convencionais, produz mais luz por watts consumido e propicia menor consumo de energia elétrica, com uma redução de até 60%, o que se reflete na queda de custos para os cofres públicos. Não emite raios ultravioletas, contribuindo assim para a descarbonização e gerando menos impacto ao meio ambiente. 

 

Com os resultados obtidos somente nos oito primeiros municípios onde foi implantado, calcula-se a retirada, em dez anos, de 26,6 mil toneladas de CO2 da atmosfera. Um ganho substancial. Outro dado interessante é que as luminárias que estão sendo utilizadas atendem aos critérios de preservação da biodiversidade. 
Além de todos os ganhos para o meio ambiente, ao permitir mais luminosidade nas vias, o LED também proporciona qualidade de vida e segurança à população, o fortalecimento das atividades comerciais e até melhoria do convívio social, com as pessoas mais estimuladas a frequentar e ocupar os espaços públicos. 

 

É uma iniciativa, sem dúvida, que só traz benefícios e, por isso mesmo, o governador Wilson Lima entende que deve ser intensificada em 2024, colocando o programa como um dos compromissos do Estado com a Agenda Global de enfrentamento às mudanças climáticas. 

 

Os resultados que alcançará nessa direção serão sentidos futuramente. Um legado que fica para as próximas gerações. Algo que parece simples, mas que tem um enorme efeito para a preservação do meio ambiente e que, com certeza, terá impacto nas apresentações que levaremos para a COP 30. 

 

Marcellus Campêlo é engenheiro civil, especialista em saneamento básico; exerce, atualmente, o cargo de secretário da Unidade Gestora de Projetos Especiais – UGPE

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