Veículos pesados causam risco à vida de estudantes

Não existe lei que normatize a circulação de automóveis em horário de pico em Parintins

Veículos pesados causam risco à vida de estudantes Fotos: Igor de Souza Notícia do dia 06/04/2015

Um perigo circula diariamente as escolas de Parintins. O fluxo de carros pesados em frente aos educandários em horários de pico preocupa pais que aguardam os filhos quando saem das aulas. O fato se tornou comum e os acidentes graves que aconteceram na cidade caíram no esquecimento e, aparentemente, o risco não existe mais. Esta semana o REPÓRTER PARINTINS visitou alguns estabelecimentos de ensino para verificar a entrada e saída dos estudantes para acompanhar este dilema.


 O problema maior está próximo às escolas que atendem crianças entre 7 e 10 anos. Esses alunos são menores e a falta de atenção pode ocasionar acidentes fatais. A grande maioria dos alunos volta para casa sozinho. Para chegar ao lar é preciso atravessar ruas, o caminhar reveza entre calçada e beira da via, cruzar sinais que muitas vezes não funcionam ou não são obedecidos pelos condutores de veículos, entre outras situações que põem em risco a integridade física e até moral do menor.


Outro problema identificado é o amontoado de veículos que se forma em frente às escolas, reduzindo o espaço de circulação, bicicletas, motos, carros e caminhões. O fato é percebido, com mais frequência, no horário de entrada e saída dos alunos.


Congestionamento


A escola Beatriz Maranhão enfrentava grande dificuldade devido ao intenso trânsito da rua Paraíba, agravado com a enorme quantidade de veículos estacionados em frente à Secretaria Municipal de Educação (Semed). O trecho apresenta uma circulação crítica e já ocasionou discussões. Devido ao perigo, a direção da escola resolveu mudar a entrada da escola para a via localizada atrás do educandário.


Na escola Waldemar Pedrosa o perigo está no trânsito de veículos pesados, uma vez que a avenida Vicente Reis dá acesso ao porto da Baixa, onde acontece descarga de barcos, além da empresa de gás localizada no fim da via. A Vicente Reis liga a rodovia Odovaldo Novo à avenida Amazonas, configurando num importante trecho de circulação de pessoas e veículos. O professor de matemática da escola, Raimundo de Nazaré Silva, afirma que no local passam muitos caminhões e isso causa risco às crianças. “A entrada e saída de alunos é muito complicada. Já houve atropelamento lá na frente. O pessoal não respeita”, destaca.


Na esquina da avenida Amazonas e a 31 de março alunos da escola Ryota Oyama estão acostumado ao perigo constante de passagem de veículos. Em horário de pico o trânsito aumenta e, junto com ele, o risco de acidente também se eleva. Professores pedem atenção dos alunos, principalmente, no horário da saída, já que as crianças, na ânsia de voltar para casa, acabam se empolgando, correm e, às vezes, esquecem de tomar os cuidados necessários nas ruas.


Proposta
Segundo o sargento Fernando Júnior, militar responsável pelo trânsito em Parintins, não há uma legislação que normatize sobre a circulação de veículos pesados na cidade. Ele informa que, nestes casos, é preciso que o executivo ou legislativo municipal formule lei que seja, na Câmara, votada, aprovada e sancionada pelo prefeito. O militar afirma que com a municipalização do trânsito ações como essas seriam mais fáceis de acontecer. Ele sugere que a circulação de veículos pesados seja realizada a partir das 18h como ocorre em outras cidade brasileiras.

 

Eldiney Alcântara
Especial Para Repórter Parintins

Tags: