Foto: Gerlean Brasil
Notícia do dia 06/04/2015
O início do ano letivo do Programa Viver Melhor (PVM) - Atividades Motoras, destinado às pessoas com deficiência, é programado para o dia 6 de abril em Parintins. A informação é Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Seped), após tomar conhecimento da matéria publicada pelo site do REPÓRTER PARINTINS, no dia 31 de março, na qual pais e alunos reivindicavam a permanência do programa.
Em nota, no dia 1º de abril, a secretária da Seped, Vânia Suely de Melo e Silva, esclareceu que o PVM - Atividades Motoras está mantido no município, com atendimento às pessoas com deficiência no Centro de Educação de Tempo Integral (Ceti) “Gláucio Gonçalves”. “O PVM - Atividades Motoras é um programa de avaliação permanente, de forma a atender satisfatoriamente às pessoas com deficiência, seus familiares e cuidadores do município”, declarou.
Resultados
A pequena Luna Clara da Silva Teixeira, 2 anos, é um exemplo de vida e superação. Ela nasceu com convulsão generalizada e permaneceu no colo da mãe até um ano e oito meses. Foi por meio do programa Viver Melhor - Atividades Motoras, implantado em 2014 em Parintins pela Seped, que ela começou a dar os primeiros passos e hoje consegue andar sem muita dificuldade.
“Ela passou da hora e data para nascer. Teve convulsão aos sete e nove meses. Fomos para Manaus e lá o neuropediatra indicou fisioterapia. Ela não andava, nem se mexia, só ficava sentada. Minha irmã falou do programa e procurei me informar. A partir do momento que ela iniciou, começou a se mexer mais. O instrutor do projeto a incentivava a fazer exercícios”, declarou a mãe, Luane Gomes da Silva.
Na tarde do dia 30 de março, não houve mais a aula inaugural do programa para o ano de 2015, pois a Seped cancelou a viagem de uma equipe a Parintins para acompanhar o início das atividades. Pais e alunos foram informados sobre a suspensão das atividades do programa por tempo indeterminado no município. A doméstica Valmira Gomes Santarém, 79 anos, ficou triste ao saber da notícia.
Mãe de Marta Belkma Gomes Santarém, 46 anos, que tem distonia desde os sete anos, disse que durante 30 anos a filha não saía da cama e só se alimentava de caribé (mingau a base de farinha de mandioca). O almoço era feijão coado no crivo. “Aqui ela se sentiu melhor e mais viva porque fica no meio das pessoas e faz ginástica. Ela ficou bem ao frequentar o programa e está animada para retornar às atividades”, enfatizou a doméstica.
Em 2013, Acidente Vascular Cerebral (AVC) deixou a Agente Comunitária de Saúde (ACS), Cilene Gomes dos Santos, 54 anos, totalmente paralisada. Com dois anos e três meses de resistência contra a doença, ela aguarda o início do ano letivo do programa. “Para mim tudo é válido, porque frequentei várias terapias desde a Policlínica Padre Vitório até o Hospital Adriano Jorge em Manaus”, revelou.
Atualmente na cadeira de rodas, Cilene dos Santos luta para conseguir recuperar os movimentos. “Estou na expectativa de melhorar e vim em busca de outros meios para recuperar a vida”, ressaltou. Em 2014, o programa funcionou de 25 de agosto a 23 de dezembro, com atividades motoras trabalhadas por 10 multiprofissionais a 75 alunos com todos os tipos de deficiência, onde se desenvolveu socialização melhoras na condição física.
Gerlean Brasil
Especial Para Repórter Parintins
