
Velas acesas, flores coloridas e uma oração silenciosa nas sepulturas são particulares do dia 2 de novembro, Dia dos Finados. O cemitério São José, em Parintins, recebeu um grande público que visita o campo santo para lembrar, rezar e celebrar familiares mortos. A data é bastante exaltada na comunidade católica de modo geral.
A expectativa é que cerca de 25 mil pessoas passem pelo cemitério neste dia. Como a analista contábil, Clariza Gomes, 30 anos, que visita a sepultura do pai falecido ano passado. Uma dor recente, mas que deve durar a vida toda.
“Essa data, pra mim, representa uma data muito especial, onde a gente consegue ficar mais próximo daqueles que se foram, onde a gente consegue entender a dor da perda, da saudade. Então, é um momento que a gente consegue se sentir mais próxima daqueles que nós amamos e já foram daqui dessa terra”, disse emocionada.
O Dia dos Finados possibilita um momento de lembrança e saudade. Como revela o policial aposentado Amarildo Nogueira, que perdeu o pai há 8 anos e os avós. “São momentos de recordações, de bons tempos que nós passamos com nossos familiares que se partiram. A saudade eterna, os tempos bons, recordações, a convivência. Infelizmente, esse é o ciclo da vida: se cresce, se desenvolve, depois a gente parte pra outra vida. Mas, é um momento de alegria também em saber que as pessoas que partiram também tiveram oportunidade de se converter”, explica Amarildo.
A data é eminentemente católica, iniciada ainda na Idade Média. Francinalvo Matos também visita o cemitério. Além do catolicismo, ele comunga da crença espírita e conta que com a morte inicia-se uma outra vida.
“O Dia dos Finados é uma celebração de uma pós-vida. As pessoas deixam essa vida terrena e passam por um outro mundo e lá elas contemplam uma outra realidade. Mas, pra mim o significado do Dia dos Finados é um respeito aos entes queridos que se foram, que fizeram história na nossa família, na sociedade. Pessoas que fizeram parte das nossas vidas quando eram vivas e que hoje a gente celebra, não com tristeza, mas como memória, como lembrança, como coisas boas”, finaliza.
Texto: Eldiney Alcântara