Pais e alunos clamam pela permanência do programa ?Viver Melhor - Atividades Motoras? em Parintins

Pais e alunos clamam pela permanência do programa ?Viver Melhor - Atividades Motoras? em Parintins Fotos: Gerlean Brasil Notícia do dia 31/03/2015

A pequena Luna Clara da Silva Teixeira, 2 anos, é um exemplo de vida e superação. Ela nasceu com convulsão generalizada e permaneceu no colo da mãe até um ano e oito meses. Foi por meio do programa Viver Melhor - Atividades Motoras, implantado em 2014 em Parintins pela Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Seped), que ela começou a dar os primeiros passos e hoje consegue andar sem muita dificuldade.

 

“Ela passou da hora e data para nascer. Teve convulsão aos sete e nove meses. Fomos para Manaus e lá o neuropediatra indicou fisioterapia. Ela não andava, nem se mexia, só ficava sentada. Minha irmã falou do programa e procurei me informar. A partir do momento que ela iniciou, começou a se mexer mais. O instrutor do projeto a incentivava a fazer exercícios”, declara a mãe de Luna Clara, Luane Gomes da Silva.

 

Para a surpresa dos pais, houve cancelamento da aula inaugural do programa Viver Melhor - Atividades Motoras 2015, agendada para a tarde de segunda-feira, 30, na quadra do Centro Educacional em Tempo Integral (Ceti) “Deputado Gláucio Gonçalves”. Representantes da Seped viriam de Manaus para acompanhar o início das atividades deste ano, mas uma reunião nesta terça-feira, 31, define se o programa fica ou não em Parintins.

 

Os multiprofissionais do projeto informaram aos pais a indefinição da permanência do programa. As atividades suspensas por tempo indeterminado em Parintins e a sequência depende de decisão do governo estadual. A doméstica Valmira Gomes Santarém, 79 anos, ficou triste ao saber da notícia e clamou ao governador pela continuação do programa. A filha, Marta Belkma Gomes Santarém, 46 anos, tem distonia desde os sete anos.

 

Durante 30 anos, Marta Gomes Santarém não saia da cama e só se alimentava de caribé (mingau a base de farinha de mandioca). O almoço era feijão coado no crivo. “Até os sete anos ela falava e andava direito. Peço que permaneça o programa. Aqui ela se sentiu melhor e mais viva porque fica no meio das pessoas e faz ginástica. Ela ficou bem ao frequentar o programa e está animada para retornar às atividades”, enfatizou a mãe.

 

Em 2013, Acidente Vascular Cerebral (AVC) deixou a Agente Comunitária de Saúde (ACS), Cilene Gomes dos Santos, 54 anos, totalmente paralisada. Com dois anos e três meses de resistência contra a doença, ela aguardava a primeira atividade do programa na quadra do Ceti. “Para mim tudo é válido, porque frequentei várias terapias desde a Policlínica Padre Vitório até o Hospital Adriano Jorge em Manaus”, revelou a paciente matriculada para o projeto 2015.

 

Atualmente na cadeira de rodas, Cilene dos Santos luta para conseguir recuperar os movimentos. “Estou na expectativa de melhorar e vim em busca de outros meios para recuperar a vida”, ressaltou. Em 2014, o programa funcionou de 25 de agosto a 23 de dezembro, com atividades motoras trabalhadas por 10 multiprofissionais a 75 alunos com todos os tipos de deficiência, onde se desenvolveu socialização melhoras na condição física.

 

Por Gerlean Brasil

Equipe do Repórter Parintins

 

 

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