Quadras esportivas de escolas estaduais estão abandonadas

Quadras esportivas de escolas estaduais estão abandonadas Fotos: Igor de Souza Notícia do dia 30/03/2015

Precariedade. Esta palavra define bem o estado de quadras esportivas de escolas estaduais de Parintins. Educandários como Senador João Bosco, Dom Gino Malvestio, Irmã Sá e Senador Álvaro Maia apresentam visíveis sinais de abandono. O tempo, a ação de vândalos e a falta de reforma transformaram esses locais que deveriam proporcionar lazer e desporto. O ginásio da escola estadual Dom Gino Malvestio está interditado desde novembro do ano passado pelo Corpo de Bombeiro. As colunas de ferro estão corroídas e o prédio está na eminência de desabar. Vestiários, banheiros e palco que formam a estrutura estão destruídos. O local sofreu com ações de saqueadores. Basculantes, vasos sanitários e fiação elétrica foram furtados.


As aulas de Educação Física tiveram que ser improvisadas no campo de futebol na área externa do ginásio. Quando chove as aulas práticas não acontecem e, por outro lado, os professores devem escolher horários alternados que o sol não comprometa a saúde dos estudantes. As atividades socioeducativas que aconteciam no local também tiveram que ser canceladas.


O Senador João Bosco é outro educandário que apresenta quadra precária. A estrutura apresenta rachaduras e um solo comprometido pelo tempo. A iluminação funciona apenas com a metade das luminárias. Na área externa existe uma quadra de vôlei e de futebol de campo, que foram tomados pelo mato e não são usados pelos alunos. O treinador de vôlei, Tiago de Lima, 22, trabalha com quatro turmas, num total de 40 alunos. Para ele, é difícil treinar uma equipe com um espaço tão precário como aquele. “Tem vezes que funciona só um lado dos refletores e do outro lado fica escuro. A quadra está toda quebrada e só foi pintada”, conta.



Vandalismo
Um grande problema enfrentado por alunos e professores é a invasão do local. O prédio de vestiário e banheiros é usado por desocupados como local para usar drogas. “Às vezes, quando nós chegamos aqui tem um pessoal usando drogas, aqui atrás”, revela. A escola, normalmente, conseguia classificar equipes escolares para jogos estaduais, porém, a falta de local adequado para treinamento comprometeu o rendimento dos alunos/atletas. Tiago é acadêmico de Educação Física e afirma que essa precariedade compromete o desenvolvimento dos atletas. “Não tem como fazer um bom trabalho por causa desses problemas”, afirma.


Na escola Irmã Sá, o piso da quadra está comprometido pelas rachaduras. A pintura quase não aparece e existem apenas as traves do gol, sem redes de proteção. O mato circunda a estrutura de concreto e aos poucos avança. Não há cobertura e os alunos enfrentam chuva e sol. A quadra coberta da Escola Senador Álvaro Maia é uma promessa de vários anos. O projeto não sai do papel e, enquanto isso, os alunos têm que se contentar com um espaço tomado por rachaduras e maquiado com cimento. A iluminação também é precária e prejudica as aulas de Educação Física e os treinamentos das equipes escolares.


Outras escolas também apresentam dificuldades quanto a quadra esportiva. No Tomaszinho Meireles (GM3) a iluminação é comprometida, uma vez que a metade das luminárias não funciona. No Brandão de Amorim a quadra não tem cobertura e sofrendo constantes interrupções. Todas aguardam reforma. O gestor da escola João Bosco, Venício Garcia, informou que há um projeto de reforma da quadra, porém não soube precisar a data, apenas disse que “a previsão é para este ano”.

 

Eldiney Alcântara
Especial Para Repórter Parintins

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