Foto Arquivo: Gerlean Brasil
Notícia do dia 30/03/2015
Se confirmar a cheia grande, por mais um ano, ruas de acesso aos bairros Santa Rita e Castanheira, área do Palmares às margens do Macurani, Itaúna I, Itaúna II, Paulo Corrêa, União, São Francisco e Itaguatinga serão encobertas pelas águas do rio e dificultarão a vida de centenas de famílias. Entretanto, desde 2009, quando as cheias grandes se tornaram recorrentes, não há um projeto para aterro com obras de elevação de vias públicas afetadas pelo fenômeno natural.
Um exemplo de descaso do poder público municipal é relacionado a falta de conclusão da obra de concretagem no início da rua Joaquim Freitas Vieira, entre Palmares e Santa Rita, rua de acesso ao Amazon River Hotel, na qual a prefeitura de Parintins não se preocupou em montar planejamento, depois da enchente de 2014. Quem passa pelo local enfrenta uma construção inacabada, com alto relevo, e corre risco de sofrer acidente.
Outro caso semelhante fica na cabeceira da Ponte Amazonino Mendes, bairro Paulo Corrêa. Em duas enchentes, o local ficou com toda a pista no fundo. Em 2014, buracos escondidos debaixo da água surpreenderam dezenas de motoristas e condutores de motocicletas e bicicletas. A via pública funciona como alternativa para desafogar o trânsito na antiga ponte na rodovia Odovaldo Novo, próxima ao complexo da “Cidade Garantido”.
Se a prefeitura tivesse providenciado a elevação do nível da rua, evitaria possíveis prejuízos aos cofres do Governo do Estado do Amazonas, uma vez que o recapeamento de vias públicas em Parintins, executado pela empresa Tercon Terraplanagem Ltda., por meio de convênio com a Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra), passou pelo local na semana passada. A via recebeu nova camada asfáltica no trecho que é inundado pela enchente.
Ano passado, para permitir a passagem de veículos aos bairros Santa Rita e Castanheira, a prefeitura apenas colocou aterro improvisado nas principais ruas alagadas, porém as residências ao lado enfrentavam inundações constantes. O titular da Coordenaria Municipal de Defesa Civil (Comdec), Jofre Lima, informou que no momento as atenções estão voltadas ao cadastramento das famílias atingidas pela enchente e, só depois da entrega do relatório geral prevista para final do mês de março, vai fazer levantamento das ruas alagadiças.
Gerlean Brasil
Especial Para Repórter Parintins
