New York Times declara apoio para Lula

A eleição presidencial do Brasil vai determinar o futuro do planeta

New York Times declara apoio para Lula Foto: Divulgação Notícia do dia 29/10/2022

O maior jornal dos Estados Unidos, The New York Times, e um dos mais lidos do planeta, publicou um editorial nesta quinta-feira (27/10), em que declara apoio à eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e afirma que a reeleição de Bolsonaro é um risco para o meio ambiente. “Seu adversário, Luiz Inácio Lula da Silva, promete acabar com a destruição e provou que pode ser duro com o crime ambiental e entregar resultados em dois mandatos anteriores”, diz o jornal.

 

O editorial, em texto e vídeo, traz o título: “A eleição presidencial do Brasil vai determinar o futuro do planeta”. “O presidente Bolsonaro é desafiador em seu desejo de sacrificar a Amazônia, suas reservas de conservação e terras indígenas ao agronegócio e ao ‘desenvolvimento’. Seu adversário, Luiz Inácio Lula da Silva, promete acabar com a destruição e provou que pode ser duro com o crime ambiental e entregar resultados em dois mandatos anteriores”, diz o jornal.

 

Na capa da matéria um vídeo mostra Bolsonaro imitando gestos de tiros e imagens floresta em chamas. “Quem quer que ganhe controlará mais da metade da floresta amazônica e vai determinar as condições de vida futura na Terra”, sentencia.

 

O texto diz que o desmatamento em curso no governo de Jair Bolsonaro pode levar o ecossistema a uma catástrofe que atingirá muito mais que a região amazônica. O jornal norte-americano lembra que as chuvas que abastecem pelo menos dois continentes, incluindo a terras produtivas da Califórnia, vêm da Amazônia.

 

O vídeo que acompanha o editorial destaca que Bolsonaro faz o que diz e mostra pronunciamento em que ele afirma “não admitir mais Ibama sair multando a torto e a direito por aí, bem como o ICMbio, essa festa vai acabar”. Em seguida, relata o desmonte de Bolsonaro às agências de proteção.

 

O Times destaca o Projeto de Lei 2633 (que trata da legalização de ocupações irregulares em terras públicas e que pode incentivar um aumento de invasões e desmatamento na Amazônia) como a lei menos conhecida e mais destruidora no mundo neste momento, pois dá aos ladrões o direito sobre as terras que eles usurpam. Sobre o projeto, o vídeo diz que é preciso chama-lo pelo que é: “Lei de recompensa aos criminosos, dane-se a Amazônia e que a Terra arda no inferno”.

 

Nesta semana a revista científica do Reino Unido, Nature, publicou um editorial a favor da eleição de Lula. Também nos últimos dias, o ex-presidente recebeu apoio dos primeiros ministros de Portugal e da Espanha. O mundo todo vê com horror a possibilidade da reeleição de Jair Bolsonaro, que entre outras pautas que isolam o Brasil, representa uma ameaça ao meio ambiente.

 

The Guardian defende eleição de Lula: ganho efetivo em políticas de preservação

 

Editorial do jornal britânico afirma que a reeleição de Bolsonaro resultará em custo elevado para todos, e cita as mortes de Bruno Pereira e Dom Phillips, vítimas da cultura da violência

 

O jornal britânico The Guardian publicou editorial na quinta-feira (27/10) no qual afirma que a reeleição de Bolsonaro representará um custo elevado a todos. Para jornal, a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não significa apenas uma mudança de cultura, mas um ganho efetivo em políticas de preservação. “Os analistas sugerem que uma vitória de Lula pode resultar em um corte de 89% na perda de floresta tropical”, explica o editorial.

 

The Guardian junta-se ao coro de veículos estrangeiros, como The New York Times e a revista Nature, que publicaram textos de opinião nos últimos dias em apoio à vitória de Lula e contra o horror com que o mundo todo vê numa possível reeleição de um presidente autoritário de extrema-direita. O texto diz que “o planeta não consegue aguentar um segundo mandato do presidente de ultradireita”.

 

“O principal perigo é a catástrofe climática. Como a agência ambiental da ONU alerta que não há uma rota confiável para limitar o aquecimento global a 1,5°C, o desmatamento na Amazônia está em alta: um sumidouro de carbono pode se tornar um emissor de carbono. Sindicatos criminosos de madeireiros e fazendeiros correm para fazer o pior por medo de que um novo governo os controle. Mais de 2 bilhões de árvores foram derrubadas durante o mandato de Bolsonaro”, segue o editorial. A pauta climática é o assunto que mais preocupa o mundo porque afeta a vida de todas as pessoas e traz consequências devastadoras.

 

Bruno Pereira e Dom Phillips

O jornal do Reino Unido afirma por experiência própria que a promoção de uma cultura de violência e de justiceiros pode custar a vida de quem luta pela floresta. “Ele também promoveu uma cultura cada vez mais perigosa para os defensores do meio ambiente – como exposto pelo assassinato do ativista Bruno Pereira e do colaborador do Guardian Dom Phillips em junho”.

 

O texto também lembra que “Bolsonaro está distribuindo bilhões de um fundo do governo com supervisão mínima, e há muitas dúvidas sobre as finanças de sua própria família”.

 

O editorial lembra que Lula formou uma aliança ampla e inédita para derrotar a ameaça bolsonarista. “Eles reconhecem o que está em jogo. O resto de nós deve esperar que muitos de seus compatriotas o façam”, finaliza o texto.

 

Há apenas uma opção para as eleições no Brasil, diz editorial da Nature em apoio a Lula

 

A mais importante revista científica do mundo afirma que os brasileiros têm uma oportunidade valiosa para começar a reconstruir o que Bolsonaro derrubou

 

A revista Nature publicou editorial a favor da eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Há apenas uma opção para as eleições no Brasil – para o país e para o mundo”, traz o texto. A publicação lembra que, em 2018, alertou sobre a vitória de Bolsonaro. “A eleição de Jair Bolsonaro é ruim para a pesquisa e para o meio ambiente”. Nesta semana, escreveu que “seu mandato é desastroso para a ciência, o meio ambiente, o povo brasileiro e para o mundo todo”.

 

A publicação científica, fundada em 1869 e mundialmente respeitada, compara Bolsonaro ao ex-presidente americano Donald Trump por sua atuação na pandemia. Os dois presidentes ignoraram alertas científicos sobre os perigos da Covid-19 e colocaram as populações de seus países em risco.

 

O editorial da revista científica mais conhecida do mundo afirmou que quando Lula era presidente, o Brasil “fez grandes investimentos em ciência e inovação, fortes proteções ambientais estavam em vigor e oportunidades educacionais foram ampliadas”. A revista lembrou também que o Bolsa Família foi um sistema de transferência de renda que permitiu à população mais pobre usufruir de melhores oportunidades.

 

“O Brasil conquistou reputação de líder ambiental aumentando a aplicação da lei ambiental e reduzindo o desmatamento na Amazônia em cerca de 80% entre 2004 e 2012”. Após a eleição de Bolsonaro, em apenas quatro anos “muito desse progresso já foi desfeito”, disse a Nature.

 

O texto de opinião da revista científica conclui que os últimos quatro anos são um lembrete do que acontece quando políticos eleitos desmantelam as instituições. “Os eleitores do Brasil têm uma oportunidade valiosa para começar a reconstruir o que Bolsonaro derrubou. Se Bolsonaro conseguir mais quatro anos, o dano pode ser irreparável” finaliza.

 

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