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Notícia do dia 02/05/2022
Com as fortes chuvas, o nível do Rio Amazonas continua aumentando e afeta o município de Parintins. Nesta segunda-feira, 02, as águas invadiram a Feira do Bagaço, na Francesa, e força os comerciantes a improvisarem bancas no meio da rua. A situação compromete o comércio e, consequentemente, a renda desses trabalhadores autônomos e a expectativa é que a cheia seja ainda maior que em 2021.
A rua Silves, ao lado da Feira do Bagaço, que concentra um grande número de vendedores, está sendo tomada pelas águas. Vias próximas como Beira Mar e Capitão Pedro Ferreira também são afetadas. Mesmo com a construção de pontes, realizadas pela Prefeitura de Parintins, os comerciantes já começam a sair da área e constroem bancas de caixotes de madeira na Avenida Amazonas.
A feirante Ana Patrícia, 52, tem bancas de verduras na rua Silves há 8 anos. Segundo ela, com a rua alagada e, mesmo com pontes, os clientes não procuram as barracas. "Nossa situação está precária. Está difícil pra gente trabalhar. Está tudo no fundo e não tem condições da gente continuar aqui. É por isso que a gente tomou a iniciativa de ir pra avenida, porque as pessoas não vem aqui. As pessoas mais transitam aqui pra usar essa ponte também pra passagem, mas pra comprar é meio difícil. A pessoa não para. É difícil a situação", explica.
"Nessas condições não tem como trabalhar. O público diminuiu um pouco. O acesso pra cá tá ficando cada vez mais difícil, o público também não tá chegando. Hoje a venda já foi menor do que ontem, cada dia tá ficando mais difícil por conta, justamente, do acesso do público. Então, não está sendo possível fazer uma boa venda nessa situação", revela a atendente Sara Guimarães, 24, apontando para a queda gradual de clientes e, consequentemente, de lucros nos comércios.
De acordo com dados da Defesa Civil de Parintins, o rio Amazonas alcançou nesta segunda-feira, 02, uma elevação de 9,14m. A expectativa do coordenador da Defesa Civil, Adriano Aguiar, é qie a região tenha uma enchente maior que a registrada em 2021, que já foi considerada um das maiores da história.
Eldiney Alcântara
