Por Affonso Rodrigues
No começo, não haviam direitos humanos, era cada um por si, até que Ciro, o Grande, decidiu mudar tudo isso. Depois de conquistar a Babilônia, ele fez algo totalmente revolucionário, anunciou que todos os escravos eram livres; também disse que as pessoas tinham o direito de escolher seus credos e suas religiões, não importando à que grupo elas pertenciam.
Eles registraram as suas palavras em um tablete de barro chamado "O Cilindro de Ciro" e assim nasceram os direitos humanos.
A ideia se espalhou pela Grécia, Índia, Roma, Inglaterra, América, ao longo dos anos foram assinados vários tratados em vários países tentando assegurar o DIREITO DE CIDADÃOS, o que não impediu que aparecessem Napoleões Bonaparte tentando dominar o mundo, ou mesmo o nazista, Adolf Hitler, dizimando milhares de pessoa, por causa disso, em 1945 os países da Terra se juntaram e criaram a Organização das Nações Unidas - ONU, com o propósito básico de reafirmar a fé nos direitos fundamentais, na dignidade e no valor da pessoa humana.
Assim, sob a supervisão de Eleanor Roosevelt eles finalmente concordaram em um conjunto de direitos que se aplicam à todos e em 1948, foi estabelecida a Declaração Universal do Direitos Humanos.
" Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos.
São dotadas de razão e consciência é devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade".
(Declaração Universal dos Direitos Humanos)
A humanidade vive uma Pandemia, que ainda assola o mundo ceifando vidas, espalhando miséria e fome. A Organização Mundial de Saúde, órgão máximo da ONU no quesito saúde, nunca foi tão importante pra direcionar, junto com os países membros, uma política de prevenção e combate ao Coronavírus, levando ciência, orientações e diretrizes para que minimize o sofrimento da humanidade, do ser humano como um todo.
O Brasil mergulhou num caos político com decisões nada acertada e certamente contribuiu para o avanço e a disseminação da Pandemia. O governo federal através do executivo e legislativo foram implacáveis nas decisões burocracraticas e deixaram de decidir sobre compra de vacinas, sobre vidas humanas, sobretudo das populações mais vulneráveis que, sem emprego e renda, foram alvos fáceis para as estatísticas de mortes que somam mais de 640 mil no Brasil.
O que a Pandemia tem a ver com "Direitos Humanos", sim, tem a ver e muito quando se tratam de vidas e vidas de serem vulneráveis que, apesar de terem direitos, são tratados como marginais, por estarem à margem da sociedade. Vidas importam.
As ações humanas devem partir do preceito dos direitos humanos, mais empatia, menos racismo, deixar de ser misógino, homofóbico, preconceituoso, dar as mãos e ajudar quem realmente precisa.
Vejo o aparato policial, a saúde de qualidade, as instituições que deveriam servir ao povo e garantir os Direitos Humanos à serviço das elites, do capital e da política nefasta, que segrega e mata.
Jesus Cristo foi implacável na luta por direitos humanos, por justiça social e por um mundo melhor quando dividiu o pão, invadiu palácios, gritou e bradou por igualdade e justiça social.
Os Direitos Humanos está dentro de cada um de nós, em mim e em você que podemos ser melhor a cada dia e dividir o pão, garantir o respeito, a segurança, a saúde e a qualidade de vida das pessoas.
Nesse Natal faça diferente, ao invés de ceias luxuosas, roupa nova, presentes caros, dízimo pra pastores corruptos e milionários, dê um alimento, uma cesta básica a quem precisa e leve uma palavra amiga, leve esperança e plante a paz para garantir os DIREITOS HUMANOS.
* Affonso Rodrigues é Técnico em agropecuária, geógrafo, advogado e ativista social e ambiental.