Dom Giuliano reafirma o arcebispo de Aparecida: ‘Para ser pátria amada, não pode ser pátria armada’

Dom Giuliano reafirma o arcebispo de Aparecida: ‘Para ser pátria amada, não pode ser pátria armada’ Foto: Divulgação Notícia do dia 13/10/2021

Repercutiu em todo o Brasil e nas redes sociais o discurso do arcebispo de Aparecida, São Paulo, dom Orlando Brandes. Ele afirmou que o Brasil "Para ser pátria amada, não pode ser pátria armada".

 

A fala do arcebispo foi proclamada durante a homilia na missa da manhã dessa terça-feira, 12 de outubro, no Santuário de Nossa Senhora Aparecida, por ocasião do encerramento da Festa da Padroeira do Brasil.

 

Dom Orlando mencionou ainda os povos indígenas, negros e as famílias enlutadas pela Covid-19, buscando expandir o gesto simbólico do papa de abraçar o povo brasileiro.

 

"Vamos abraçar os nossos índios primeiro povo desta terra de Santa Cruz. Vamos abraçar os negros que logo vieram fazer parte desta terra. Vamos abraçar os europeus que aqui chegaram.  Mas, nesses dias, abracemos o Brasil enlutado pelas 600 mil mortes.", disse.

 

E durante a missa de encerramento da festa da paróquia de Nossa Senhora Aparecida, em Boa Vista do Ramos, o bispo da diocese de Parintins, dom Giuliano Frigeni, parafraseou o arcebispo dom Orlando, alertando para ideologias extremistas que se utilizam da violência. 

 

"Vamos rezar e agradecer porque temos uma padroeira que tem a ver com tudo aquilo que a gente faz, com tudo aquilo que o Brasil precisa.  A vocação do Brasil é de ser um dos primeiros e grande exemplo, onde, quem vive aqui vem de outro lugar . Povos indígenas que já estavam aqui receberam povos de todas as nações. Mas, quem ajudou a essas pessoas a estarem juntas, sem fazer violência, foi a fé em Cristo e a fé em Nossa Senhora. Nós precisamos resgatar isso, se não vai entrar outras ideologias. Não importa se são de direta ou de esquerda, mas com certeza são todas violentas, com armas. O bispo, hoje disse, " Pátria amada e não pátria armada" de armas ou de ideologias.  Precisamos de país que viva a paz e isso se aprende dentro de casa". 

 

A liberação da posse e porte de armas de fogo é defendida pelo presidente Jair Bolsonaro desde quando iniciou o seu mandato em 2019. Sendo uma das principais bandeiras levantadas pelo mandatário com a justificativa de que a população precisa se proteger. Vale lembrar que a Segurança Pública é de responsabilidade dos governos estaduais e federais.

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