Moradores da Vila Amazônia invadem terras federais e derrubam castanheiras

Moradores da Vila Amazônia invadem terras federais e derrubam castanheiras Fotos: Igor de Souza Notícia do dia 17/03/2015

Um grupo de moradores de Vila Amazônia resolveu ocupar uma área de aproximadamente seis hectares localizada em frente a Escola Municipal Tsukasa Ueytusuka. O local fica a dois quilômetros da sede da vila e faz parte de projeto de assentamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma (Incra). A ação teria iniciado nesta segunda-feira, 16.

 

Com terçado nas mãos, comunitários e assentados passaram a roçar e limpar a capoeira existente no local para dar lugar aos novos loteamentos e futuras residências. A área faz parte da antiga escola agrícola de Vila Amazônia, construída na gestão do prefeito Raimundo Reis Ferreira. A escola não funcionou por muito tempo e foi abandonada.

 

No terreno, existem dezenas de castanheira de pequeno e grande porte. A árvore é protegida por lei federal. Algumas árvores foram derrubadas na ação dos invasores. Até o momento não há informações de quem comanda o ato. Órgãos de proteção ambiental devem ser deslocar até a área na tarde desta terça-feira, 17, para verificar a situação.

Histórico

Em Parintins, no início da década de 1990, o parintinense Everaldo Batista, atual presidente da Câmara Municipal de Parintins e o radialista Carlos Augusto das Neves, suplente de vereador, comandaram a maior invasão da história da cidade. Eles encabeçaram o movimento que invadiu terras improdutivas da fazenda Itaúna do empresário santareno Paulo Corrêa.

 

A área abrange os bairros Itaúna I, II, Paulo Corrêa. Em 2009, novamente, Everaldo Batista liderou a invasão de terras no conhecido castanhal, parte da fazenda Itaúna. A área deu lugar ao bairro União. Em setembro de 2011, invasores tentaram ocupar terras atrás do sistema de bombeamento do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), no bairro Itaúna II.

 

A área fica dentro do bairro Tonzinho Saunier, por trás do campus da Universidade Federal do Amazonas, e também do loteamento Teixeirão. Em poucas horas, milhares de pessoas iniciaram a preparação do terreno para formar loteamentos e derrubaram toda a mata de capoeira existente no local. Em dois dias, a juíza Melissa Sanches determinou a reintegração de posse da área.

 

Neudson Corrêa/Da Redação Repórter Parintins     

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