Ministro Milton Ribeiro diz que orçamento discricionário da Educação terá aumento

Milton Ribeiro falou na Comissão Mista do Orçamento

Ministro Milton Ribeiro diz que orçamento discricionário da Educação terá aumento Foto: Gustavo Sales/ Câmara dos Deputados Notícia do dia 18/08/2021

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, disse nesta terça-feira (17) que as despesas discricionárias do orçamento da educação terão um aumento de 7,2% em 2022, passando de R$ 19,834 bilhões este ano para R$ 21,256 bilhões no ano que vem. A despesa discricionária é aquela que não é obrigatória, como é o caso de investimentos. O anúncio foi feito durante uma participação do ministro em audiência pública na Comissão Mista de Orçamento.

 

Esta será a primeira vez que os gastos da Educação terão um crescimento na educação desde 2018, entretanto, as despesas discricionárias de 2022 serão menores do que as de 2020, que foram de R$ 22,967 bilhões. O ministro disse que os gastos obrigatórios têm pressionado as outras despesas da pasta. O orçamento do ministério em 2021 é de R$ 145,7 bilhões, sendo que R$ 77,2 bilhões são destinados para gastos com pessoal e R$ 19,6 bilhões são transferências para complementação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

 

Para aumentar as despesas discricionárias em 2022, o ministério vai economizar gastos com pessoal da Reserva do Banco de Professor Equivalente (BPEq). A intenção do ministro é utilizar a diferença com a recomposição do programa de assistência estudantil, bolsas e residência médica profissional, entre outras prioridades que a pasta definiu para o ano que vem.

 

Ribeiro destacou que é importante recompor as contas da educação por causa da retomada das aulas  presenciais e da recuperação do ensino depois da pandemia de covid-19. "A interrupção das atividades escolares na pandemia exigirá um incremento de ações destinadas a garantir a igualdade de oportunidades educacionais de crianças e jovens tão abalados em razão da crise sanitária", disse. "Se na pandemia os médicos foram os grandes protagonistas, no pós-pandemia serão os professores e todos os profissionais do setor".

 

Conclusão de creches e escolas

Durante a audiência pública, o ministro pediu que os parlamentares utilizem os recursos de emendas ao Orçamento para conclusão de 4 mil obras paradas de creches e escolas.  "Existem milhares de escolas que não têm saneamento básico, eletricidade, água. Algumas nem telhado possuem", disse Ribeiro.

 

O relator da Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) 2022, deputado Juscelino Filho (DEM-MA), destacou que o texto aprovado pelo Congresso permite o aporte de verbas para a conclusão desses empreendimentos. "As obras inacabadas são um dos pontos mais preocupantes desta Comissão, não apenas para educação", disse. 

 

O presidente da República, Jair Bolsonaro, deve sancionar a LDO até sexta-feira (20).

 

Ensino integral

O ministro foi cobrado pela deputada federal Soraya Manato (PSL-ES) sobre prazos para a adoção do ensino básico em tempo integral. "Nessa modalidade, a criança melhora a saúde, pratica esporte e fica mais protegida da violência", disse a parlamentar.

 

Ribeiro admitiu que os alunos ganham com o ensino integral, que tem um custo de R$ 2 mil por matrícula e receberá R$ 1 bilhão do governo federal. "Sou fã do ensino médio em tempo integral. Acho que é a grande resposta em todos os aspectos para solucionar a lacuna que temos nessa fase."

 

O ministro também anunciou que, em 2022, o governo deve aumentar a bolsa de médicos residentes, que deve passar de R$ 3.300 para R$ 4.100, graças a um aporte adicional de R$ 147 milhões. "A residência tem como prioridade a formação do médico. O estudante aprende como colocar em prática os protocolos médicos."

 

Com informações da Agência Senado

 

Fonte: Agência Brasil

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