Em Barreirinha, acusados de estupro e morte de Ana Beatriz são soltos e população vai às ruas pedir justiça

Em Barreirinha, acusados de estupro e morte de Ana Beatriz são soltos e população vai às ruas pedir justiça Fotos: Jair Carneiro Notícia do dia 25/11/2020

Por: Jair Carneiro
 

Dois suspeitos de envolvimento no estupro e morte de Ana Beatriz, criança indígena de 5 anos, foram soltos na terça-feira (24/11).
 

O delegado de polícia de Barreirinha, Enéas Gonçalves, esclarece que os dois homens, Adnilson Lira de Souza, 42 anos, e Jonilson Ferreira Barbosa, 30 anos, foram liberados por falta de provas.
 

 

Ambos são acusados de participar do crime que ocorreu no domingo (22/11) na aldeia Nova Vida, Área Indígena do município de Barreirinha, distante 330 quilômetros de Manaus.
 

O delegado de Polícia, em entrevista ao repórter Jair Carneiro, que mantém uma página no Facebook, disse que eles foram liberados por não haver elementos que pudessem associá-los ao crime.
 

"Até o momento temos só o indício de que somente o menor cometeu o crime, até porque o mesmo deixou pertences seus na casa da vítima e confessou sua participação, mas as investigações ainda não estão fechadas", esclareceu.
 

Enéas Gonçalves enfatizou ainda que os dois homens foram citados pelo menor infrator no intuito de o mesmo querer dividir a culpa, temendo um possível linchamento por parte de populares da localidade.
 

Quanto ao que vai acontecer com o menor infrator, o delegado disse que está conversando com a juíza da Comarca de Barreirinha, Larissa Padilha, para encontrar uma solução, visto que no município não há um local adequado para a sua internação.

 

No vídeo, Jackson de Souza, pai de Ana Beatriz, recebe solidariedade da população. O jovem pai, apesar da perda da filha, ainda encontra forças para incentivar pessoas vítimas de todo tipo de violência a denunciarem seus agressores.

 

 


 

Justiça pela pequena Ana
No Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher, barreirinhenses vão às ruas da cidade pedir justiça pelo estupro e assassinato da pequena Ana Beatriz, de 5 anos, e outros casos de violência contra a mulher.

 

A manifestação percorreu diversas ruas da cidade. Com cartazes e faixas nas mãos, os manifestantes exigiam punição para os culpados da morte da criança indígena.

 

“Vida de mulheres indígenas importam. Queremos justiça pela morte de Ana Beatriz”.

 

“Nação Sateré pede respeito pelo seu povo”.

 

“Serei resistência até depois do fim, pois sei que outras mulheres lutarão por mim”.

 

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