“Só o amor salva”, disse o enfermeiro Luiz Roberto, casado com Vanessa Matos, com quem tornaria ainda mais evidente a prova do sentimento ao propor doar um de seus órgãos.
Foi a partir de um exame de rotina que a esposa descobriu que precisava fazer hemodiálise e depois de algum tempo entrar na fila para transplante.
A notícia causou comoção na família, mesmo porque a lista de espera de receptores de rim representa mais de 15 vezes o número de órgãos ofertados anualmente no Brasil, segundo o site bioemfoco.
Ao tomar conhecimento da grave situação, Luiz Roberto resolve encarar o desafio. Ele faz o teste de compatibilidade, o que se confirmou com os diversos exames.
São dois tipos de doadores: vivos ou falecidos. O primeiro apresenta maior dificuldade relacionada à vida do doador (trabalho, provedor familiar), além do risco que, apesar de baixo, existe. O doador falecido é a fonte doadora ideal em um tratamento com órgãos sólido.
Mas Luiz Roberto e a esposa enfrentaram juntos todos os percalços da delicada situação de saúde até o momento da cirurgia para o transplante de órgão.
“E a exatamente um ano tornou-se concreto o transplante de rim para minha amada esposa Wanessa Matos que estava em um momento bastante delicado da vida.
Diante de tal situação precisei ajudá-la e a única maneira de fazê-lo seria por meio de uma doação de rim, a decisão não é fácil, mas temos que agir, por isso decidi ser doador.
Hoje, a temos saudável, sem mais necessidade de estar 4 horas por dia, 3x por semana em uma máquina desgastante de hemodiálise e também hoje uma família mais fortalecida.
Agradecemos a todos que participaram direta e indiretamente desta empreitada. Foram muitos amigos, apoiadores que estiveram conosco nesta árdua caminhada e agora estamos colhendo bons frutos de nossas escolhas.
Hoje, é cuidar, preservar e viver sem excessos garantindo assim qualidade em nossas vidas.
Obrigado senhor por esta oportunidade (sic)”.
Transplantes
No Brasil, mais de 70% dos transplantes, a partir de doador falecido, ocorreram nas regiões Sul e Sudeste do País. Em 2018, o número de vítimas de mortes anuais violentas e de trânsito ultrapassou os 100 mil. No mesmo período, somente três mil doadores falecidos foram ofertados por suas famílias.
Outro grande problema dessa doença é que ela exige tratamentos especializados e de alto custo.